Em mais de uma hora de exposição, o prefeito Paulo Garcia, do PT, participou nesta quinta-feira (18) de uma audiência pública na Câmara, durante reunião da Comissão Mista da Casa, para prestar contas de sua administração relativa ao segundo quadrimestre deste ano (período de maio, junho, julho e agosto). 

A prestação de contas do último quadrimestre do ano (setembro, outubro, novembro e dezembro) será feita em fevereiro de 2013, em cumprimento o que determina a Lei Complementar 129, de dezembro de 2003.

Na sua exposição, Paulo Garcia não teceu maiores detalhes sobre os números de sua administração. O prefeito disse que as despesas empenhadas até agosto último superaram as receitas disponíveis, mas até o final do ano tais contas serão equacionadas.

“Por exemplo”, frisou, “as contas a pagar no segundo quadrimestre foram de R$ 1,9 bilhão, superior aos R$ 1,8 bilhão das reservas. Essa discrepância se deveu a contratos de empréstimos”.

Indagado pelo tucano Geovani Antônio se haveria demissão de comissionados porque o gasto, segundo ele, foi maior que as receitas, o prefeito respondeu que não. “Esse custo não é tão expressivo, porque a maioria recebe salário mínimo. Ou seja, não há necessidade de demissão desse pessoal, cujo gasto é pequeno, inexpressivo mesmo. Nesse quesito estamos de acordo com o que determina a Lei de Responsabilidade Fiscal. Goiânia é uma das capitais que tem o menor número de comissionados”, garantiu.

Pagamentos

Garcia afirmou também que os gastos com a folha de pagamento dos servidores estão dentro do limite legal, ou seja, 53,33% “abaixo da exigência da LRF”. Sobre o questionamento do petista Djalma Araújo de o Paço assumir o serviço de água e esgoto em Goiânia o prefeito se mostrou cético, dizendo que “nossa saída poderia prejudicar os outros 246 municípios. Aliás, há vários que a Saneago não paga à prefeitura o serviço devido ..São milhões de reais”.

Ao concluir sua exposição, Paulo Garcia, que foi reeleito no primeiro turno, disse que a nova administração, que começa em janeiro de 2013, “será mais aberta e transparente. Vamos fazer uma reforma administrativa criteriosa, tendo inclusive uma comissão já trabalhando para ajustar essa questão nessa nova forma de governar”.