O Jaraguá debutaria na Copa do Brasil, na última quinta-feira (18), contra o Manaus. No entanto, a paralisação do futebol em Goiás fez o jogo ser adiado. O presidente do Gavião da Serra, Müller Meira, afirmou, em entrevista ao Sistema Sagres de Comunicação, que teme uma queda de rendimento do time, semelhante ao que aconteceu no Goianão 2020, quando o Jaraguá era a surpresa até a parada da competição.

“Estamos vivendo um drama novamente depois de um ano. Em um momento que a gente vem crescendo, muito concentrado no jogo mais importante da história do clube nos seus 92 anos, e infelizmente, de uma hora para outra, o futebol é paralisado”, lamentou.

Müller reconheceu que o momento do país é complicado, mas na opinião dele, o futebol é o ambiente mais seguro. “Nós fizemos mais de 360 testes, desde o dia 14 de dezembro até agora. Não tivemos nenhum caso positivo, nem de atletas e nem de outros profissionais envolvidos. Mas mesmo assim temos que seguir o que foi decretado e confiamos que em breve possamos retornar”, justificou.

Indefinição

O Governo de Goiás publicou o novo decreto no último dia 16 de março. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) adiou a partida somente no dia seguinte, quando a delegação do Manaus já estava em Jaraguá. Por enquanto, a entidade máxima do futebol brasileiro ainda não definiu nova data ou local.

“A gente vive essa indecisão. Até a nossa preparação começa a ficar complicada, porque foge do nosso planejamento”, explicou.

Quanto ao local, o presidente teme que o Jaraguá possa jogar longe do Amintas de Freitas, já que a CBF precisou levar algumas partidas a um campo neutro. “O fator casa para o Jaraguá sempre foi o diferencial. Então é um prejuízo muito grande (jogar fora). Em três anos de Jaraguá, eu só perdi três vezes no Amintas de Freitas. Mas nesse momento temos que buscar alternativas, motivar os atletas para que, quando marcar o jogo independente onde for, possamos ir competitivos e concentrados para conquistar essa vitória”, afirmou.

Treinamentos

Apesar da paralisação de jogos oficiais, o Jaraguá tem conseguido treinar, já que, segundo Müller, a prefeitura da cidade autorizou esse tipo de atividade. No entanto, para o presidente, manter os atletas focados é uma missão complicada nesse cenário de indefinição.

“Treinamos normalmente, fizemos um trabalho na academia do hotel. O que mais afeta nisso tudo é a parte mental em manter esses atletas focados. Não temos segurança no que fala, porque não sabemos realmente se daqui a duas ou três semanas vamos retornar. Temos conversado bastante para viver um dia de cada vez”, declarou Müller.

Junior Kamenach é estagiário do Sistema Sagres de Comunicação, em parceria com IPHAC e a Faculdade UniAraguaia, sob supervisão do jornalista Charlie Pereira