Nesta quinta-feira (28) o Sistema Sagres de Comunicação dá continuidade à apresentação da série Arena Repense, um movimento que tem como objetivo repensar os esforços desempenhados pela sociedade sobre Consumo e Produção Responsáveis, que integra a 12ª meta do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). Assista a seguir a partir de 01:00:00
A preocupação com o desperdício de comida foi o tema desta edição. A reportagem de Nívia Ramos, exibida durante o Arena Repense, mostra como itens desidratados e doações reduzem a perda de alimentos.
A professora, chefe de cozinha especializada em Gastronomia Sustentável e embaixadora Lixo Zero, Maristella Sodré, destaca a importância de se aproveitar os alimentos adequadamente.
”Quando se joga alimento fora, se joga também dinheiro fora, nutrientes fora, e ainda prejudicando o meio ambiente. A partir do momento em que essas pessoas começam a analisar que está doendo no seu bolso e está jogando comida fora, além de muita gente morrendo de fome, ainda tem os casos de desnutrição. A partir do momento que passos essas informações, essas pessoas começam a pensar e repensar seus atos”, afirma.
Um relatório lançado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) no passado, que apontou o Índice de Desperdício de Alimentos aponta que cerca de 1 bilhão de toneladas de alimentos foram para a lata de lixo, em todo o mundo, no ano de 2019.
Perda e desperdício
A engenheira sanitarista ambiental e embaixadora e consultora Lixo Zero, Paula Moletta, analisa como ocorre a perda dos alimentos antes mesmo de chegarem à mesa.
”A partir do momento em que se perde um alimento que deveria estar na mesa de uma pessoa, de uma família, significa desperdício. A perda ocorre no transporte, na colheita, que quando se colhe ele já não está muito perfeito. Por vivermos em um país onde a monocultura, grandes propriedades produzem o mesmo alimento, eles priorizam a qualidade, a beleza do alimento. Então se uma laranja não está muito bonitinha, já significa perda”, argumenta.
Exemplo que dá certo
A analista educacional da Renapsi Polo Paraná, Marli Afonso dos Santos, relata que coordenou um projeto de Segurança Alimentar em Boa Vista-RR. Entre as pessoas mais necessitadas estavam migrantes vindos da Venezuela. Ela destaca a ajuda imprescindível de comerciantes na ação.
”Lá a quantidade de pessoas em situação vulnerável é muito grande. Coordenei um projeto em que nós tínhamos a função de auxiliar as famílias na questão da alimentação. Nós oferecíamos refeições para famílias que estavam em situação de rua, que viviam em abrigos, preparávamos os alimentos e levávamos para distribuição. Mas tínhamos também muita parceria do comércio, que nos apoiavam doando alimentos que muitas vezes são descartados, mas ainda bons para o consumo”, afirma.
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