Junior Kamenach
Junior Kamenach
Jornalista, repórter do Sagres Online e apaixonado por futebol e esportes americanos - NFL, MLB e NBA

Professora da UnB desenvolve robô que auxilia vítimas de violência de gênero

A professora Cristina Castro, do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de Brasília (UnB), desenvolveu uma plataforma de inteligência artificial que auxilia vítimas de violência de gênero. Nesse sentido, acreditando que a tecnologia é uma aliada nessa luta, o robô ultrapassou as fronteiras da capital brasileira e alcançou 194 países.

O projeto desenvolvido por Cristina recebeu o nome de “Projeto Glória” e consiste em uma interface de comunicação. Seu principal objetivo é oferecer apoio e buscar soluções personalizadas para cada caso. Diferentemente de simplesmente fornecer respostas prontas, a abordagem adotada pela professora envolve um robô que aprende e acumula conhecimento a partir de cada interação com as vítimas.

Desafiar a violência de gênero é um contínuo desafio enfrentado por sociedades em todo o mundo. Sendo assim, governos têm buscado soluções como projetos na área de segurança pública, o fortalecimento da legislação e políticas específicas para combater esse problema.

“A Glória é baseada na padronização do comportamento da violência e, a cada nova interação, ela aprende sobre os comportamentos com as vítimas e oferece alternativas, como incentivo à denúncia e apoio jurídico. Nosso foco é mapear as diversas formas de violência para que as políticas públicas possam ser mais assertivas”, explica.

Resultados

Segundo Cristina, desde que o projeto foi lançado em 2019, mais de dois milhões de indivíduos utilizaram a Glória. “A plataforma atende principalmente mulheres e meninas vítimas de violência, mas nós também focamos no aprendizado de homens, para que eles não sejam violentos”, revela.

A missão da Glória transcende o apoio às vítimas de violência. “Nós queremos atuar antes da agressão. Queremos poder chegar à mulher que está prestes a ser vítima e impedir que isso ocorra”, pontua. A plataforma do instituto está acessível tanto pelo seu site quanto pelo Instagram, o @eusouagloria.

Divulgação

Com o objetivo de mapear comportamentos violentos em diversas situações do dia a dia, a plataforma do projeto conta com o apoio do robô Glória, que marcou presença em eventos musicais de grande porte como o Rock in Rio, no Rio de Janeiro, o The Town, em São Paulo, e atualmente está presente no Na Praia, em Brasília.

Para impulsionar essa iniciativa, mais de 13 alunas da área de tecnologia na UnB uniram-se à Glória, formando uma parceria com a Orc’estra gamificação, empresa júnior do curso de engenharia de software.

Maria Abritta e Sabrina Berno, estudantes universitárias, estão coordenando a empresa e compraram a ideia de utilizar a tecnologia para auxiliar outras mulheres. “Fazemos um projeto de muito impacto e, com um time totalmente feminino, ajudamos a colocar mulheres em papéis de liderança”, argumenta Sabrina.

O Projeto Glória, uma organização sem fins lucrativos, conta com uma ampla rede de apoio para além das colaborações pontuais. Em todo o país, ele se beneficia da participação de 423 voluntários, incluindo programadores e advogados. No Distrito Federal, a iniciativa recebe apoio de instituições renomadas como o Instituto Federal de Brasília (IFB) e a UnB. Além disso, parcerias com empresas de renome mundial garantem o sucesso do projeto em âmbito global, contando com o suporte de empresas como Google e Microsoft.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 05 – Igualdade de Gênero

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