Um grupo de professores e servidores ocuparam as dependências do prédio da Secretaria Municipal de Educação de Goiânia (SME), no Setor Leste Universitário, na tarde desta quarta-feira (26).

Os profissionais estão em greve desde o dia 11 de abril. Na tarde desta terça-feira (25), representantes do Sindicato Municipal dos Servidores da Educação (Simsed) estiveram no Ministério Público para levar a situação ao conhecimento do Paço Municipal, mas, segundo o movimento, não obtiveram êxito.

Entre as 32 reivindicações dos servidores estão a melhoria da estrutura das escolas, aumento da qualidade e quantidade da merenda escolar e valorização dos profissionais da Educação do município.

O movimento afirma ainda que a prefeitura não teria acatado a determinação do Ministério da Educação (MEC) de reajuste de 7,64 % do piso, comunicado no dia 12 de janeiro, mas concedido somente 0,34%, além de suspender licenças e progressões de licença autorizadas na gestão anterior.

A reportagem do Portal 730 entrou em contato com a assessoria da SME, que se manifestou por meio de nota. No texto, a Prefeitura de Goiânia diz que lamenta a ocupação e que toma medidas para reintegração de posse do local.

A nota cita ainda apenas 8% dos servidores atenderam à determinação da Justiça de suspensão da greve, que tem mantido negociações com a categoria, e destacou repasse de R$ 5 milhões para manutenções no setor.

A desocupação foi realizada no início da noite, com a presença da Guarda Civil Metropolitana (GCM). Durante a liberação do prédio, uma professora ficou ferida e precisou ser conduzida para o Cais de Campinas pelo Samu. Segundo testemunhas, um professor foi atingido no olho por um tiro de bala de borracha. 

Segundo a organização do protesto, cerca de 100 pessoas estavam no local. De acordo com a GCM, apenas 60.

Leia a nota na íntegra:

“A Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Educação e Esporte (SME), lamenta a forma violenta e desrespeitosa com que os integrantes do Sindicato Municipal dos Servidores em Educação de Goiânia (Simsed), sindicato não oficial da Educação, invadiram o prédio da SME. Medidas judiciais para reintegração de posse já foram tomadas para restabelecer o direito dos servidores trabalharem. A SME informa que mesmo diante da determinação judicial, que suspendeu a paralisação dos profissionais da Educação, aderida por apenas 8% da Rede Municipal, tem mantido negociações com representantes da categoria legalmente constituída e está aberta ao diálogo desde o início da atual gestão.

Vale ressaltar ainda que, apesar do contexto geral de restrição orçamentária e financeira, compromissos para a valorização dos profissionais da Educação e melhorias nas unidades educacionais têm sido garantidos pela Prefeitura de Goiânia, entre eles: chamamento de 45% dos aprovados no concurso público; pagamento do piso salarial nacional dos professores, conforme estabelece a Lei nº 11.738/208; repasse direto para instituições no valor de R$ 5 milhões para manutenções; além de definir que a data-base dos administrativos será concedida retroativamente a janeiro desde ano. Desde janeiro, a SME propôs a formação de comissões para discussões permanentes sobre carreira e benefícios aos servidores dentro do que é estabelecido pela legislação.”

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Atualizado às 00h21