Projeto de educação ambiental promove plantio de frutíferas com jovens do socioeducativo no TO

O projeto “Reciclar, semear e preservar” promoveu, na última semana de janeiro, o plantio de árvores frutíferas por jovens do socioeducativo no Tocantins. Dentro do sistema tocantinense, o Projeto contou com a participação dos adolescentes do Centro de Internação Provisória masculino de Palmas (Ceip Central) e dos socioeducandos do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case)

Conforme a oficineira e agente especialista socioeducativo que está à frente do Projeto, Eliana Pereira, a iniciativa surgiu como um projeto piloto destinado a crianças neurodiversas e comunidade local no Jardim Taquari, bairro da capital Palmas, e depois se expandiu chegando ao sistema socioeducativo e aos jovens.  

“Se estendeu para uma escola estadual com crianças autistas, neurodiversas, uma comunidade terapêutica, uma faculdade no curso de agronomia, presos da unidade penal de Tocantinópolis, agora no sistema socioeducativo”, explicou.  

Um dos objetivos do projeto “Reciclar, semear e preservar” é trabalhar a educação ambiental e integração entre os socioeducandos e agentes socioeducativos, mas segundo a oficineira, a ação vai além, ao promover a “valorização da vida, através da inclusão, integração, preservação do meio ambiente, através de práticas sustentáveis”.  

Natureza e memória 

Dentre as frutas cultivadas estão pitomba, caju, mangaba, pequi, baru, tamarindo, abacate, buriti, entre outras espécies típicas do cerrado e que fazem parte da história e memória de muitos dos jovens que participaram das oficinas. Com isso, a participação e integração dos socioeducandos foi potencializada, acredita Eliana.  

“Muito boa, pois os frutos do cerrado e os produtos beneficiados com estes, apresentados durante a oficina, remetem a memória afetiva e podem gerar renda para as famílias desses jovens. É importante trazer novas pespectivas de vida, mostrar que é possível em pequenos espaços cultivar alimentos saudáveis, muitos jovens são da zona rural, e o plantio em sistemas agroecológicos estão em alta”, explicou.  

Durante as oficinas, os adolescentes aprendem sobre extração, plantio e compostagem. 

“O Projeto é de sua importância, pois além de valorizar a cultura e a produção vegetal do estado do Tocantins, leva ao conhecimento, não só dos adolescentes, como de todos os agentes, sobre quais são as frutíferas e a respeito da preservação, da doação e até da comercialização das mudas”, explicou o chefe do Ceip Central, Edgar Macena. 

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 13  Ação Global Contra a Mudança Climática; e ODS 16 – Paz, Justiça e Instituições Eficazes.

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