O desperdício de alimentos se torna um problema cada vez mais sério. Um levantamento da ONU aponta que cerca de 27 milhões de toneladas de alimentos são desperdiçados por ano, no Brasil. Em média, 80% desse desperdício acontecem no processo de produção, manuseio, transporte e nas centrais de abastecimento.
A boa notícia é que existem diversas maneiras de conservar os alimentos em casa, evitando o desperdício e garantindo a segurança alimentar.
Deterioração de alimentos
Os alimentos são materiais biológicos complexos e, com isso, vão se deteriorando com o passar do tempo. A doutora em Engenharia de alimentos Mara Rodrigues explica que o que a gente faz é tentar amenizar essa deterioração, para que aconteça da maneira mais lenta possível, até que as pessoas consigam consumir esses alimentos.
“Dentre os erros mais frequentes cometidos podemos citar a questão da temperatura, pois existem temperaturas que vão favorecer essa deterioração. Podemos citar o tipo de embalagem, se foi rompida, onde foi colocado esse alimento e a questão da manipulação sem a devida higiene nas mãos e nos utensílios. Esses são erros muito comuns que acontecem no dia a dia”, explicou.
sacolas térmicas
A doutora pontua que uma dica preciosa para os telespectadores, é sobre o uso das sacolas térmicas, pois elas ajudam na conservação do alimento do supermercado, até a armazenação em casa e no ambiente mais apropriado.
“O produto sai da indústria para o transporte respeitando a temperatura indicada e quando o cliente faz as compras deixa dentro do carro, passa em outras lojas e demora para guardar. Precisamos ter esse cuidado com a temperatura e as sacolas térmicas são um auxílio nesta questão”, ressalta a especialista.
Existem classificações diferentes para os alimentos e é necessário ter cuidado com os perecíveis.
“Quando a gente pensa em carnes por exemplo, são produtos que são mais sensíveis a essa oscilação de temperatura de congelamento ou refrigeração para a temperatura ambiente. Isso se intensifica, principalmente na nossa região, onde, em geral, temos um clima muito quente. Produtos lácteos e frios podem ter grandes prejuízos”, esclarece.
Sobre o hábito de descongelar e congelar novamente alimentos como a carne, a especialista frisa que esse método não é recomendado.
“O ideal é separar as porções assim que comprar as carnes com as quantidades da sua rotina. A na hora do preparo descongelar apenas as porções que vão ser usar naquele momento. Outra questão é o como descongelar, já que o ideal é fazer o descongelamento lento” explica.
*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 2 – Fome Zero e Agricultura Sustentável.
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