Cascas de flamboyant, coco babaçu, galho de jatobá e fio de buriti. Todos esses materiais são encontrados no Cerrado e seriam naturalmente descartados pela natureza. Pelas mãos da artesã Alda, algo sem utilidade se transforma em biojoias.

O Projeto Travessia acontece entre os dias 27 de junho a 2 de julho, e além de ensinar a confecção de biojoias, para os 30 inscritos, também disponibiliza palestras sobre educação criativa e sustentabilidade.

A experiência da artesã foi fundamental para dar início a um projeto social que ensina moradores do Residencial Goiânia Viva e região a produzirem biojoias. A ideia é inspirar outras pessoas a encontrar a força, a se valorizar e a acreditar nelas mesmas.

“Já são mais de 11 anos trabalhando com artesanato e, desde então, venho buscando formas de ensinar. Desde 2017, venho trabalhando com a capacitação, principalmente de mulheres, para que elas busquem sua independência financeira e possam ter uma vida mais digna”, disse a artesã.

Para o professor e engenheiro ambiental, Viniciu Fagundes, projetos como esse tem uma grande importância social e relevância sustentável.

“Projetos com esse enfoque são fundamentais e indispensáveis para a sociedade, pois trazem um novo olhar para outras possibilidades de ganho, ocupação mental e trabalho. Vivemos um momento de reflexão e autoanálise e tudo isso passa por novas formas de trabalho”, ressaltou o professor.

Além de ensinar, o Projeto Travessia pretende consolidar contatos entre as pessoas, um modo de estreitar laços, formar redes de apoio, criar vínculos de pertencimento. Além disso criar consciência sustentável.