O projeto que anteciparia as eleições da Mesa Diretora da Câmara de Goiânia foi arquivado após o vereador Leandro Sena (Republicanos) apresentar um manifesto com a assinatura de, pelo menos, 24 vereadores, que se posicionaram contrários ao tema. Informações de bastidores apontam para que membros da prefeitura tenham entrado na negociação e agido nas articulações.

O vereador Lucas Kitão (PSL), em entrevista à Sagres, afirmou que a questão foi resolvida politicamente e que agora é preciso focar em resolver os problemas da pandemia. Porém, a respeito da participação do Paço Municipal, Lucas Kitão, declarou que não vê essa participação.

“Eu prefiro acreditar que houve uma reflexão dos colegas, que ouviram os questionamentos que fizemos sobre todas essas propostas, que devem ter avaliado as nulidades, a inconstitucionalidade e o impacto social disso. Acho que a Câmara ficaria muito exposta com uma proposta dessa, em um momento de pandemia, que cria gastos”.

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O projeto visava dar condições para antecipar o processo eleitoral na Câmara, além da criação de uma quarta vice-presidência e de mais cadeiras nas Comissões Mista; de Constituição, Justiça e Redação e ainda para as de Educação e Cultura: Ciência e Tecnologia: Saúde e Assistência Social; Trabalho e Servidores Públicos; e Habitação, Urbanismo e Ordenamento Urbano.

O vereador falou sobre a ilegalidade da proposta, justificando que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pela não reeleição de presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. “Se lá no Congresso não foi permitido, porque seria aqui na Câmara?”, questionou.

Outra crítica do vereador é em relação ao momento em que a proposta seria votada. “A gente deveria estar preocupado com a imunização, com a retomada econômica, com a sobrevivência das empresas, com a manutenção e geração de empregos”.