O PSDB vai decidir qual medida judicial tomará para que o ex-presidente LULA se explique sobre a informação de que teria procurado o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, para tentar adiar o julgamento do mensalão. O líder do partido na câmara dos deputados, Bruno Araújo (Pe), disse estar estarrecido com a notícia.

Segundo reportagem da revista “veja” do fim de semana, Lula teria oferecido ao ministro blindagem na CPI que investiga as relações de Carlinhos Cachoeira com políticos e empresários.

Gilmar Mendes confirmou o encontro e o teor da conversa, mas não quis dar detalhes. O encontro aconteceu em 26 de abril no escritório de Nelson Jobim, ex-ministro de Lula e ex-integrante do Supremo.

O petista teria dito ao ministro, segundo a revista Veja, que é “inconveniente” julgar o processo agora e chegou a fazer referências a uma viagem a Berlim em que Mendes se encontrou com o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO), hoje investigado por suas ligações com Cachoeira.

Membro do Ministério Público, Demóstenes era na época um dos interlocutores do Judiciário e de seus integrantes no Congresso.

A assessoria de Lula negou o conteúdo da conversa e afirmou que nunca interferiu em processo judicial. Já o ex-ministro da defesa Nelson Jobim negou que Lula tenha pressionado Gilmar Mendes. Jobim confirmou a visita de lula e disse que Gilmar estava lá.

Contudo, ele garante que não houve conversa sobre o mensalão. Jobim disse que na conversa foram tratadas apenas questões “genéricas” e “institucionais” e que em nenhum momento Gilmar e o ex-presidente estiveram sozinhos ou falaram na cozinha do escritório, como relatou Veja.

Questionado se o ministro do Supremo mentiu sobre a conversa, Nelson Jobim disse apenas que não poderia emitir juízo sobre o que o Gilmar fez ou deixou de fazer.

Com informações da Folha de São Paulo.