(Foto: Sagres on)

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Em entrevista à Rádio Sagres 730 nesta segunda-feira (22), o deputado federal reeleito, Rubens Otoni (PT), votado em todos os 246 municípios goianos, afirmou que a rejeição a seu partido na disputa presidencial é fruto da polarização, que transformou a eleição como se fosse uma disputa entre duas grandes torcidas. “O desafio é trazer a campanha para um momento mais racional e evitar o efeito manada”, afirmou.

O deputado reconhece as dificuldades do candidato Fernando Haddad (PT) de liderar uma frente de oposição em defesa da democracia e diz que quem ficar omisso com os rumos do país, terá de prestar contas com a história. “A luta principal será em defesa da democracia. Esse bem maior, que está em risco”, disse.

Rubens cita o vídeo do deputado federal reeleito, Eduardo Bolsonoro (PSL), o qual considera de “profundo desdém” ao Supremo Tribunal Federal (STF). No vídeo, gravado em 9 de julho, o filho do candidato se manifestou sobre a possibilidade de o Supremo impugnar a candidatura de seu pai. “Eles vão ter que pagar para ver”, afirmou. “O pessoal até brinca: se quiser fechar o STF, você não manda nem um jipe, manda um soldado e um cabo.” Em função dessas manifestações, Otoni afirma que o grande desafio das forças políticas será lutar pela preservação da democracia.

Rubens Otoni considera a polarização política consequência das ações de seus adversários. “PSDB e MDB queriam acabar com o PT e para isso eles se autodestruíram”, disse argumentando com os resultados das eleições: “O PT recebeu o maior número de votos, elegeu a maior bancada na Câmara dos Deputados, elegeu o maior número de governadores no primeiro turno e foi para o segundo turno na disputa para presidente da República. Nós ganhamos, mas o MDB e o PSDB viram suas bancadas diminuírem”, disse.

O petista discorda que a falta de autocrítica do PT foi responsável pela dificuldade de Fernando Haddad de organizar a frente democrática. “Passamos os dois últimos anos sendo flagelados no Brasil. Isso foi permanente, para nos desgastar”. Para o deputado, foram seus adversários que abriram espaço para a extrema direita e suas e ameaças. “Ontem em Limeira (interior de São Paulo) flagramos adesivos em carros com a inscrição “Petista bom é petista morto”. São posicionamentos que não estão no campo da democracia, das ideias”.