O presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), deputado estadual Hélio de Sousa (PSDB) comentou as críticas feitas pelo também deputado Major Araújo (PRP) no plenário da Casa na última segunda-feira (12).

Ouça a entrevista na íntegra: {mp3}Podcasts/2016/dezembro/15/heliodesousa{/mp3}

Na ocasião, o parlamentar protestou contra o governador Marconi Perillo (PSDB), contra o projeto de austeridade que prevê corte de gastos no Estado, como a redução de 20% de cargos comissionados, e proferiu xingamentos direcionados ao governador e à Casa.

Em entrevista exclusiva à Rádio 730 na manhã desta quinta-feira (15), o presidente Hélio de Sousa demonstrou decepção e espera que Araújo, que deverá ser julgado no Conselho de Ética da Casa, prove o que disse na tribuna na última segunda-feira (12).

“Ele no conselho é muito importante para ele provar aquilo que ele falou da Casa, do presidente da Casa. Eu não tenho dúvidas. Se ele der conta de provar uma daquelas denúncias eu não tenho condições morais nem de ser presidente da Assembleia e nem de ser deputado. Eu fiquei realmente contrariado, decepcionado. Ora, quem acusa tem que provar”

Transparência

Uma das afirmações do deputado estadual Major Araújo em relação à transparência da apresentação dos projetos da Casa, o principal deles, o pacote de ajuste fiscais do governo estadual, que segue a medida do governo federal de redução de gastos. Segundo Hélio de Sousa, o projeto está à disposição da população no Portal da Transparência.

“O que nós determinamos é que na primeira seção ordinária, logo após a entrega do projeto, é lido em plenário e publicado, não só para os deputados, mas para todos que acompanham o portal da transparência. Historicamente sempre prevaleceu dessa maneira. Não tem motivo para esconder”, pondera.

Pacote de ajustes fiscais

A Assembleia Legislativa tem recebido diversos grupos de servidores públicos contrários ao pacote de austeridade que reduz os gastos do Estado. Para o presidente da Casa, as medidas são necessárias para evitar um colapso nas contas de Goiás, e acredita que o funcionalismo público é quem mais deve sentir os efeitos dessa medida.

“Se não se tomar essas medidas, provavelmente em um futuro bem próximo, como acontece no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, Rio Grande do Norte, do Sul, o Estado entra em solvência, deixa de cumprir o pagamento dos servidores públicos, dos seus aposentados. Então é uma questão estrutural. O servidor público, eu não tenho dúvidas, é o grande prejudicado nesse processo”, avalia.