Os adolescentes são o principal alvo da campanha #QuemVacinaNãoVacila da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBI), que acontece até o dia 20 de fevereiro em todo o país. A iniciativa foi criada para aumentar a adesão dos jovens aos calendários vacinais e estimular o compromisso com o autocuidado e a prevenção coletiva.

De acordo com a presidente da Comissão de Revisão de Calendários Vacinais da SBI, Mônica Levi, a baixa adesão dos jovens de 10 a 19 anos à vacinação em todo o país é preocupante.

“A meningite meningocócica do tipo C, vacina que foi incorporada desde 2017 para a faixa etária dos adolescentes, e nós não chegamos em nenhum momento a 43% de cobertura, sendo que a meta para atingir os objetivos é de 95%. Para o HPV, que é uma vacina própria da idade, também estamos com coberturas baixíssimas tanto para as meninas quanto para os meninos. Para que essa faixa etária se beneficie da proteção que eles podem ter sendo vacinados, a gente precisa estimular essa adesão”, afirma em entrevista ao Sagres em Tom Maior desta terça-feira (8).

Além da baixa adesão, uma questão que preocupa as autoridades é o potencial que os jovens possuem para transmitir as doenças. Mônica Levi destaca as vacinas disponíveis na rede pública para esse público.

“O Programa Nacional de Imunização oferece as três doses de hepatite B, duas doses da tríplice viral que é sarampo, caxumba, rubéola; oferece o reforço do tétano; HPV duas doses para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos; e no início desse ano a vacina de meningite meningocócica do tipo C foi substituída pela da meningite ACWY mais completa com mais sorogrupos de meningococos; além de febre amarela que hoje é uma vacina que deve ser feita para todo cidadão brasileiro independente de onde mora, não é mais uma vacina de viajante”, esclarece.

Segundo Mônica Levi, não é necessário estar em jejum para receber nenhuma dessas doses, mas é importante observar se não há febre ou quadro agudo de infecção antes de se vacinar.

“Recomenda-se que a pessoa não esteja em um processo agudo como febre ou infecção, e o ideal é que ele leve o seu calendário pregresso, tudo o que ele tem de registro de vacina ou de doenças que teve para quem estiver orientando orientar melhor esse adolescente, porque se perdeu a carteirinha de criança, tem que fazer tudo de novo”, alerta.

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Assista à entrevista a seguir no STM #158