No Mato Grosso do Sul, a disputa para governo do estado não ficou resolvida no último dia sete (07) de outubro, Reinaldo Azambuja (PSDB) e Juiz Odilon (PDT) se enfrentam no segundo turno. Com 100% das urnas apuradas, Azambuja recebeu 44,61% dos votos válidos (576.9923 votos), enquanto Odilon obteve 31,62% dos votos válidos (408.969 votos).

Para o segundo turno, Azambuja, que é o atual governador do Mato Grosso do Sul, declarou apoio oficial ao candidato à presidência, Jair Bolsonaro (PSL). A declaração de Azambuja ocorreu um dia após as eleições de primeiro turno e antes mesmo da decisão nacional do PSDB.

Odilon, contrariando a decisão do PDT nacional, que apoiará Fernando Haddad (PT) no segundo turno das eleições presidenciais, afirmou que também vai apoiar Jair Bolsonaro (PSL). Segundo Odilon, a decisão foi tomada por “respeito a família”. Bolsonaro foi o candidato à presidência mais votado no estado.

Na última pesquisa para o segundo turno realizada pelo Ibope no MS, Reinaldo Azambuja (PSDB) aparece com 53% das intenções de voto e Juiz Odilon (PDT) com 47%.

(Foto: Montagem/ Reprodução)

Perfil dos candidatos ao governo do Mato Grosso do Sul

Reinaldo Azambuja (PSDB)

Reinaldo Azambuja Silva nasceu em Campo Grande (MS) em 13 de maio de 1963. Estudou no Colégio Dom Bosco e depois de um intercâmbio de um ano nos Estados Unidos, começou sua faculdade na FUCMAT (atual UCDB). Após a morte de seu pai, Azambuja se mudou para Maracaju onde se casou com Fátima, sua atual esposa. O casal tem três filhos – Rafael, Tiago e Rodrigo – e três netos, João Pedro, Leonardo e Alice.

Ainda em Maracaju, Reinaldo intensificou sua atuação no ramo do agronegócio, tornando-se um respeitado empresário do setor. Sua carreira política começou em 1996, como candidato à prefeito pelo PSDB. O partido que não foi escolhido por acaso – Reinaldo fez questão de se filiar ao partido de Lúdio Coelho, por quem já cultivava grande admiração.

Iniciou sua jornada com 1% de intenção de votos nas pesquisas, mas conseguiu vencer. Reeleito, Reinaldo foi escolhido presidente da Assomasul – Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul. Depois disso, Azambuja passou pela Assembleia Legislativa, onde idealizou e liderou a bancada do agronegócio, foi deputado estadual, assumiu a presidência do PSDB no Estado, foi deputado federal e por fim se tornou governador do estado. Agora, disputa o segundo turno para ocupar novamente o cargo.

Juiz Odilon (PDT)

Odilon de Oliveira nasceu em 26 de fevereiro de 1949 no município de Exu, em Pernambuco. Migrou junto com a família para o Estado de Mato Grosso, no município de Jaciara, aos quatro anos. Trabalhou na roça dos sete aos 17 anos, e foi alfabetizado em casa, meio a contragosto no início, por um roceiro amigo da família.

Conclui o ensino médio 15 anos depois, já com 24 anos, em uma escola pública do município. No ano seguinte, ingressou no curso de Direito da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), com auxílio do crédito educativo. Formou-se em 1978, aos 29 anos. Depois, foi procurador autárquico federal de 1979 a 1981, promotor de justiça de 1981 a 1982, juiz de direito de 1982 a 1986, e juiz federal a partir de 1987.

Candidato ao Governo do Estado de Mato Grosso do Sul pelo PDT, o juiz federal aposentado Odilon de Oliveira tornou-se conhecido por sua atuação no combate ao crime organizado e ao narcotráfico, sobretudo na região de fronteira com o Paraguai. 

Foi titular da única vara especializada em crimes financeiros e de lavagem de dinheiro de Mato Grosso do Sul, a 3ª Vara Federal de Campo Grande, até outubro de 2017, quando pediu a aposentadoria por tempo de contribuição para poder se candidatar a cargos políticos. Mesmo na inatividade, ainda recebe escolta de policiais armados em tempo integral, por determinação do Conselho Nacional de Justiça a Direção Geral da PF.

“Beatriz Alves é estudante de jornalismo do Centro Universitário Alves Faria e participou do projeto “Eleições na Sagres” organizado pela Escola Sagres de Formação.”