Rodoviária dá grandiosidade ao sistema goiano de transporte

A Rodoviária de Goiânia é um prédio que, de longe, já chama bastante atenção. O projeto do local tem autoria do premiado arquiteto Paulo Mendes da Rocha, responsável por outros como do Estádio Serra Dourada e do Jóquei Clube de Goiás. A Rodoviária impõe modernidade e grandiosidade ao sistema de transporte intermunicipal e interestadual de passageiros.

O Terminal Rodoviário de Goiânia, foi construído no início da década de 1980, devido à incapacidade do antigo terminal, que ficava no Lago das Rosas, onde atualmente funciona o Batalhão do Corpo de Bombeiros. A estrutura anterior não atendia à demanda de passageiros decorrente do processo de crescimento demográfico de Goiânia, desde a década de 1960. 

O novo terminal foi construído em 1986 e inaugurado em 1987. A localização, em uma das principais vias de Goiânia, a Avenida Goiás Norte, no que era a saída da cidade, foi escolhida para facilitar os acessos de ônibus. Desde 2001, abriga também o Araguaia Shopping, opção de lazer para os goianienses e os diversos viajantes e turistas que passam pelo local. 

Foto: Rubens Salomão

O Terminal Rodoviário de Goiânia é o maior de Goiás e um dos maiores do Centro-Oeste. Ele tem 40 mil metros quadrados de área construída em quatro pavimentos. Possui praça de alimentação, lojas, uma agência do Vapt-Vupt, Correios e estacionamento com capacidade para 1.500 automóveis. 

Estrutura

O projeto do novo terminal baseava-se em uma grande e arrojada estrutura de concreto armado aparente, cujas vigas e pilares, combinadas com sistemas secundários de treliças planas metálicas. A base se junta às plataformas de embarque e as rampas de circulação, em uma interessante composição entre cheios e vazios, entre o sutil e o marcante, originando uma edificação monumental, com caráter essencialmente urbano. 

Após a reforma e a consequente descaracterização do projeto original, essas memórias foram perdidas e o caráter “evocativo” ou “afetivo” que o edifício poderia apresentar no imaginário da população local, deu lugar a inúmeras lojas e demais estabelecimentos comerciais. 

Nova lógica 

Foto: Rubens Salomão

A Rodoviária não impôs apenas uma nova lógica no sistema de transporte rodoviário, mas também no seu próprio entorno. O prédio foi inserido na área do antigo polo ferroviário da cidade. Casas e parte da antiga estrutura ferroviária foi removida.

O lugar se tornou um imponente prédio, que chama atenção de quem passa do lado de fora, e quem também precisa frequentar as dependências do local. Seja apenas de passagem, viajando para algum local, ou para o shopping.

Antigo terminal 

Como destacado acima, o novo terminal Rodoviário de Goiânia substituiu antiga estrutura situada pertinho do Lago das Rosas. A cidade tinha apenas quatro linhas de ônibus que ligavam Goiânia a outras cidades do interior. Depois passou para 532 linhas. Com o passar do tempo, o local já não atendia mais uma metrópole do porte de Goiânia. 

A estação foi projetada por Eurico de Godoy. Na época, 30 boxes foram construídos. Em 1959, um grupo de empresários, comandados por Renato de Olinto de Almeida conseguiram uma concessão do Estado para a exploração e construção da primeira estação rodoviária. Adequações foram feitas ao prédio até que ocorresse a transferência para o novo local, em 1987.

Goiânia 90 lugares

Goiânia faz 90 anos em 24 de outubro. Por isso, o Sistema Sagres de Comunicação, com apoio da Prefeitura de Goiânia elaborou um guia de 90 locais a serem conhecidos por você que é goianiense, que mora na capital ou que está de passagem por aqui. Esta é a campanha “Goiânia 90 Lugares”.

A produção inclui 90 reportagens em texto e fotos de lugares marcantes da cidade, 30 vídeos, um mapa e uma página especial. A campanha conta ainda com entrevistas especiais sobre a construção, estrutura e futuro da nossa capital.

As ações tem coordenação de Rubens Salomão, com pesquisa e textos de Samuel Straioto, Arthur Barcelos e Rubens Salomão. Imagens e edição de Lucas Xavier, além das reportagens em vídeo de Ananda Leonel, João Vitor Simões, Rubens Salomão e Wendell Pasqueto. A coordenação do digital é de Gabriel Hamon. Coordenação de projetos é de Laila Melo.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 04 – Educação de Qualidade; ODS 11 – Cidades e Comunidades Sustentáveis

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