O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), tem monitorado as ações de instituições financeiras do país, desde o início da pandemia do coronavírus (Covid-19). O monitoramento está sendo realizado principalmente em relação ao acesso a crédito, considerado essencial para a sobrevivência das micro e pequenas empresas durante a crise que afeta também a área econômica.

No primeiro levantamento, realizado no final do mês de março, foram mapeadas 33 linhas de crédito disponíveis. Já na última versão do levantamento, entre os dias 27 de julho e 07 de agosto, o total de linhas de crédito disponíveis para o segmento subiu para 183. Isso representa um aumento de 454%.

Segundo a analista do Sebrae Goiás, Adriana Lopes de Felipe, o objetivo do monitoramento é tentar facilitar o acesso à informação para todos os empresários e oferecer um panorama geral do que está sendo ofertado.

“Sabemos que muitos empreendedores evitam as linhas de credito, porém este momento está exigindo que diversas empresas procurem por esse recurso”, afirmou.

Adriana Lopes explicou que o maior motivo para o crédito negado é o CPF com restrição, ou alguma limitação no CNPJ da empresa. “Tudo está ligado a essa credibilidade se a empresa está com alguma restrição ela dificilmente conseguirá crédito em algum lugar”, esclareceu.

De acordo com a analista, o segundo fator que dificulta o acesso ao crédito e a falta de garantia, mas o Sebrae possui dois fundos para ajudar a resolver esta questão.

“O Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe), conta com recurso do Sebrae. O Fampe entra como o avalista em 80% do valor da operação. E temos também o projeto da Sociedade Garantidora de Crédito, que entra com 80% das garantias da operação”, explicou.

Confira na íntegra a entrevista com Adriana Lopes no Tom Maior #77 a partir de 01:00:00