Com a greve da educação suspensa até dia 20 de abril, o Daniel Goulart, secretário de articulação do Estado acredita que o diálogo entre categoria e governo poderão resolver o impasse. Para ele, a situação é delicada. O Estado não abre mão da reposição das aulas, sem elas o corte de pontos continuará. Já os educadores, pedem a volta da titularidade, algo inviável para o governo que alega não ter orçamento para atender a categoria. “94% está comprometido com a folha de pessoal”, afirma Daniel.

Goulart relembra que em 2001, os professores contestaram o plano de carreira, o mesmo que hoje motiva a greve. “Eles fizeram greves, cartazes com fotos dos deputados e hoje, querem aquele plano de volta. Naquela época eles estavam equivocados. Se alguém diz que está perdendo, peça o contracheque de novembro e desse ano. Não tem ninguém perdendo”.

O secretário afirma que é preciso separar o joio do trigo e diz: “O professor idealista, dedicado, aquele que planeja as aulas, esse professor ganha aquém do que ele merece”. Segundo ele, as mudanças fazem essas separações devido ao processo meritocrático.

Sobre o secretário de educação, Thiago Peixoto, alvo de críticas, Goulart assegura que o mesmo possui confiança do Governo da condução do processo, e tem surpreendido devido a responsabilidade, seriedade e dedicação. “Ele tem toda nossa confiança”.

Marconi Perillo é citado pelo secretário, o mesmo revela que o governador tem liderado um movimento com demais estadistas na busca de recursos junto ao Governo Federal. Goulart relata que os estados estão passando por uma ditadura econômica por tarde da União. “É preciso que o Governo Federal tenha sensibilidade. Sem essa ajuda nós não vamos conseguir pagar um salário justo para esses professores”.

Em relação ao secretário da fazenda, Simão Cirineu, e um possível pedido de afastamento, Daniel Goulart revela que o mesmo tem reclamado das dificuldades que o Estado vem passando.

Segundo ele, Cirineu preocupa-se com a folha de pagamento dos servidores, com a busca de recursos para que o Estado feche o ano com as contas em dias. O secretário avisa que os servidores terão que ter compreensão em 2012, já que o governo ainda não conseguiu avistar fontes como em 2011.