A Prefeitura de Goiânia alterou o decreto municipal e os treinos dos clubes de futebol da capital passaram a ser considerados atividades essenciais. A alteração no Decreto n° 1.606 destaca que “clubes profissionais de futebol, filiados à Federação Goiana de Futebol”, estão liberados “exclusivamente para treinamentos da categoria profissional, condicionados ao cumprimento das medidas de proteção nacionais de enfrentamento da Covid-19, da Confederação Brasileira de Futebol (CBF)”.

Dessa forma, Atlético Goianiense, Goiás e Vila Nova retornaram aos treinamentos visando a sequência do Campeonato Goiano a partir da próxima semana. Em entrevista ao repórter Rafael Bessa, na Sagres 730, o secretário de Saúde de Goiânia, Durval Pedroso, explicou a prefeitura voltou atrás e liberou os treinos na capital, por considerar que os clubes apresentam protocolos rígidos, controlam o número de pessoas dentro de suas estruturas e realizaram testes em jogadores, comissão técnica e funcionários.

“Na verdade existe todo um protocolo muito rígido de segurança, proposto pela CBF, em que as pessoas são testadas periodicamente e estão seguindo todos os protocolos de segurança. Mas mesmo com isso acontecendo, não deixaram de ser fiscalizados. A fiscalização estava presente acompanhando justamente essas boas práticas, porque entendemos sim da necessidade dessas pessoas continuarem atuando de forma segura. Haja visto que todo esse protocolo de segurança é imposto a todas as pessoas que estão ali”, frisou o secretário.

Durval Pedroso ainda revelou que a decisão não passou pelo Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública (COE) de Goiânia, mas que houve uma “readequação” das regras referentes ao treinos dos clubes, por se observar que o decreto municipal publicado antes do decreto estadual (que proíbe as atividades e eventos esportivos) permitia a realização de treinos e jogos.

“Não foi discutida diretamente no COE, houve uma decisão anterior em que se entendeu da segurança em que os jogos estavam permitidos e que nesse momento agora, segundo o decreto, foi-se fechado os jogos. Agora houve na verdade uma readequação ao decreto anterior que já existia a permissão, justamente pelo entendimento da segurança nesses locais”, destacou.

O secretário informou ainda que os clubes serão fiscalizados para verificar se estão seguindo todos os protocolos de segurança.

“Com certeza haverá sim fiscalização. Não é uma grande quantidade de times, isso pode ser organizado de forma escalonada. Mais importante do que a fiscalização é chamarmos a atenção da responsabilidade que cada tem por si, essa intenção de que as pessoas possam continuar treinando é justamente baseada na confiança e na segurança desses protocolos. Então, tão importante quanto a fiscalização, é a responsabilidade de cada um envolvido nesse processo”, finalizou.