Após a vitória sobre o CRB por 2 a 0 pelo Campeonato Brasileiro de Aspirantes na última quinta-feira, no Onésio Brasileiro Alvarenga, o presidente Hugo Jorge Bravo foi entrevistado pelo repórter Paulo Massad, da Sagres 730, e falou sobre vários assuntos referentes ao clube. Em uma dos questionamentos, o dirigente evitou projetar uma reeleição para o cargo principal no clube colorado.

“Aqui não falo de política não. Eu penso como vou pagar as contas agora. Mal de quem teve aqui pensando em política, em ser vereador. Outros que estavam preocupados em se reeleger. Aqui, a preocupação é pagar. Entrar no portão e saber que o porteiro está com o salário em dia, porque acho que faltou por um tempo aqui dentro. Não preciso do clube pra sobreviver, tenho minha condição de subsistência. Aqui é humildade, fazer o nosso melhor a cada dia e tá tudo certo”, disse Hugo Jorge, que mais uma vez destacou os problemas financeiros do clube.

“Só com a ajuda de todos vamos conseguir chegar até o final. É como digo, o trabalho está sendo bem construído e o presente é o acesso. Estamos indo pra 120 jogos com um aproveitamento muito bom. Então é enaltecer todo mundo, porque aqui todos são excepcionais. Agradeço a torcida, porque o Vila só está em pé por causa dela. Uma pena não ter isso aqui (OBA) lotado.

Na entrevista, Hugo Jorge ressaltou que negociar jogadores da base e profissionais é um “caminho sem volta”, pois sem a receita de bilheteria por causa da pandemia, passou a ser uma das principais formas de arrecadação em 2020.

“Aqui é balcão de negócios. Até certa vez fui criticado na sua rádio por ter comparado ao modelo do Grêmio Anápolis, mas não tem jeito. Temos que fazer negócio, estamos partindo com ida do Lucas Silva para o Mirassol, do Ítalo que está em um período de avaliação no Famalicão, de Portugal e estamos indo para a 11ª negociação no ano. A gente pensa nisso como lançando ativos no mercado. Temos um problema de fluxo de caixa, mas temos os atletas como a mercadoria, que estão em estoque e a gente precisa fazer esses ativos circularem no mercado pra liquidar e trazer receita para o clube”, explicou o dirigente, que também falou sobre os esportes olímpicos e revelou que tem “planos ambiciosos” para o estádio Onésio Brasileiro Alvarenga.

“Era um desejo meu ver o Vila forte no futebol e em outras modalidades. O que a gente vai deixar para outras administrações é a possibilidade de continuidade desse trabalho. Sabemos que temos uma demanda reprimida de pessoas que não são tão simpáticas ao futebol. O Vila é o time do povo e termos que retomar isso. Vamos retomar nossa identidade de jogar aqui no OBA. Não estamos aqui pra ficar iludindo torcedor, mas temos planos ambiciosos e aos poucos vai acontecendo. Tem muita coisa boa pra acontecer”, finalizou.