Em entrevista à Sagres, na manhã desta quinta-feira (18), o presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos do Estado de Goiás, Luís Cláudio Coelho, disse que os servidores estaduais estão reunidos em busca de uma resposta concreta do Governo sobre o reajuste de 26% do salário referente às datas-bases de 2015, 2018, 2019 e 2020. Contudo, descartam a realização de greve por enquanto.

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“Neste momento, o nosso papel é conscientizar o governo que esta resposta precisa ser rápida, breve e incisiva. E, o segundo ponto, levar para a Assembleia Legislativa também esta discussão a respeito da inclusão de emendas para o pagamento desta data-base. Qualquer outro movimento paredista não está na pauta de discussão das entidades”, afirmou.

Conforme o presidente, as reuniões atuais da Associação têm como pauta formas de mobilizar o governo a conceder o reajuste. “Nas reuniões que fazemos com regularidade, as medidas para mobilizações tem que ser graduais e proporcionais ao tipo de ações que o governo está trazendo. É o momento de reforçar a publicidade, reforçar o movimento nas redes sociais e levar ao governo que esta resposta tem que ser breve”, comentou.

Segundo Luís Cláudio Coelho, estão reunidas 32 entidades dos servidores civis e dos servidores militares de Goiás no movimento. Eles pedem a reposição inflacionária acumulada e não um aumento salarial. “Isso decorre da perda do poder de compra dos servidores, que, ao longo dos anos, em especial de 2019 para cá, não teve nenhuma reposição inflacionária. Esse momento aflora mais ainda porque isso vem desde março deste ano, buscando abertura e negociação do governo. Somente no mês de outubro o governo nos recebeu junto com as demais entidades”, pontuou.

Sobre a fala do governador Ronaldo Caiado, que disse para entidades em um encontro que, por conta da adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), não poderia conceder reajuste neste ano, Luís Cláudio Coelho enfatizou que tem estudos e convicção que o argumento do Estado não é válido.

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“Nossos estudos jurídicos apontam que os próprios requisitos para o ingresso do Governo do Estado no Regime de Recuperação Fiscal não impede a aplicação da revisão inflacionária. Um segundo ponto é um requisito, o atendimento ao limite prudencial da folha de pagamento. O limite prudencial é 49,25%, e o governo está gastando somente 40%. Além disso, o PIB de Goiás cresceu o dobro do PIB nacional. Isso quer dizer que houve um superávit de R$ 7,7 bilhões. Existem condições financeiras, posicionamento jurídicos legais e constitucionais. O que está faltando é vontade do Governo para a aplicação”, completou o presidente.

Assista à entrevista no Sagres Sinal Aberto: