O Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde de Goiás – Sindsaúde, fez uma vistoria em duas unidades da capital para verificar denúncias de sobrecarga de trabalho, falta de profissionais e de insumos.

Em entrevista à Sagres, nesta quinta-feira (6), a vice presidente do Sindsaúde, Néia Vieira, afirmou que encontrou várias irregularidades nas unidades visitadas. Segundo ela, faltam desde profissionais para o atendimento à população, até medicamentos básicos.

“Estivemos no Cais de Campinas e na UPA da Chácara do Governador. Em ambas as unidades verificamos uma sobrecarga enorme de trabalho, haviam pouquíssimos trabalhadores, poucos técnicos de enfermagem, não havia nenhum profissional da farmácia, apenas uma auxiliar e nenhum farmacêutico,” revela a vice presidente.

Ainda segundo o Sindicato, profissionais sobrecarregados e atendimentos suspensos temporariamente foram alguns dos flagrantes encontrados nas unidades. A superlotação e o déficit de profissionais têm levado ao adoecimento dos servidores.

“Na UPA da Chácara do Governador deparamos com uma situação ainda mais complicada. Hoje deveríamos ter dez técnicos de enfermagem escalados, mas haviam somente dois na unidade. Enfermeiros deveriam ser seis, mas só haviam três disponíveis,” denuncia.

Questionada sobre a afirmação da prefeitura de Goiânia, de que as escalas de profissionais estariam completas, Néia Vieira disse que as afirmações não são verdadeiras e cobrou a contratação de novos profissionais.

“A prefeitura sabe que as escalas estão desfalcadas. O número de afastamentos por problemas de saúde aumentou muito desde o início da pandemia. A prorrogação dos contratos de profissionais de saúde por 120 dias, por si só, não resolve o problema, precisamos urgentemente de concurso para suprir o déficit de profissionais,” pontua Néia.

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