A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), Bia de Lima, rebateu hoje (17) em entrevista à Sagres as declarações do secretário municipal de Educação, Wellington Bessa, de que a Prefeitura de Goiânia não teria condições de atender às exigências dos sindicatos, como o pagamento do piso salarial dos professores no percentual de 33,24% (valor anunciado pelo Governo Federal) e a data-base dos servidores administrativos. Assista à entrevista a seguir a partir de 00:30:00

”Desde o início do ano nós estamos buscando fazer com que o secretário, o prefeito, compreendessem que nesse caso, como é o cumprimento de uma lei federal, a Lei 11.738 de 2008, não é uma lei nova, a única coisa que não é nova é o fato de a Prefeitura não apresentar os números e ficar só falando que não tem como pagar e que não vai cumprir com a Lei do Piso. Então entra com recurso junto ao MEC [Ministério da Educação]. A Lei Federal diz que se o município não tiver dinheiro para pagar, que um ente federado, que é a União, tem como ajudar a pagar. Por que os prefeitos não fazem isso?”, questiona.

Os professores da rede municipal estão de greve desde quarta-feira (16). Segundo a presidente do Sinttego, a categoria exige que a Prefeitura apresente os números das contas do município para contrapor a reivindicações dos servidores.

Bia de Lima afirma que chegou a se reunir com o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) para tratar do assunto, e que segundo ele a prefeitura estaria com 47% da receita comprometidos para cobrir gastos com pessoal. A presidente do Sintego disse que, nessas condições, a gestão municipal tem sim condições de atender às reinvindicações da categoria, que é o reajuste em, pelo menos, 10,16%, segundo a inflação dos últimos 12 meses.