Um surto de febre amarela nos estados do Espirito Santo, São Paulo e Minas Gerais tem deixado a população preocupada em relação se deve ou não vacinar. Só em Minas Gerais foram registradas 38 mortes e o estado decretou situação de emergência em 152 cidades. O superintendente de Epidemiologia em Saúde de Goiânia, Robson Azevedo, explica que não há motivos para correria.

“Goiás está muito próximo e temos uma relação interpessoal muito grande com estes estados. Com estes casos fatais nestes estados e municípios vizinhos, a população se preocupa e, com certa razão, porque nós somos muito próximos e interligados. Porém, não há a necessidade para essa correria aos postos de vacinação. Nós temos que saber quem são as pessoas que necessitam dessa dose”, avalia.

De acordo com o superintendente, não são todas as pessoas que precisam tomar a vacina. “São aquelas que nunca foram vacinadas ou o adulto que tomou apenas uma dose na vida e não tomou a outra. Mesmo quem perdeu o cartão ou está na dúvida, podem se vacinar, mas são aquelas que realmente precisam”, afirma.

As pessoas que precisam tomar a vacina podem procurar os postos de vacinação da capital. O superintendente de Epidemiologia destaca que tem vacina suficiente para a população. “Nós temos hoje, para a população de Goiânia, um quantitativo de vacinas suficiente, até porque Goiânia não é considerada como área de recomendação de vacinação, a não ser a prevenção”, relata.

A vacinação será realizada durante todo o ano e, por conta disso não há motivos para tumultuar os postos, até porque, segundo frisou Robson Azevedo, nem todos precisam ser imunizados. O superintendente pede a compreensão da população.

“Pedimos que as pessoas tenham um pouco de paciência. Nós tivemos um caso aqui essa semana, desagradável, que o cidadão chegou e desacatou o pessoal da enfermagem que estava fazendo a vacinação por um motivo que, com uma boa conversa, resolveria. Não adianta nada as pessoas quererem tumultuar, serem agressivas”, pondera.

Um dos principais indicativos da circulação do vírus da febre amarela é a presença de macacos doentes ou mortos e, por isso, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) também dá atenção especial às áreas rurais e bairros mais afastados de Goiânia.

Com informações da repórter Juliana Gomes