A taxa de nascimentos prematuros no Brasil apresentou redução na última década. Em 2010, cerca de 12% do total de nascimentos acontecia de forma precoce. O número passou para 11,1% em 2020, segundo o relatório divulgado na última semana durante a Conferência Internacional de Saúde Materno Infantil (IMNHC) 2023, na África do Sul.

O bebê é considerado prematuro quando nasce antes da 37ª semana de gravidez; Uma gestação completa varia entre 37 e 42 semanas.

No Brasil, foram registrados 292.715 nascimentos prematuros em 2022. Os dados são preliminares do Painel de Monitoramento de Nascidos Vivos, do DataSUS.

No mundo, segundo o relatório da OMS, 152 milhões de bebês nasceram prematuros na última década e a cada 40 segundos, um desses bebês morre.

Estima-se que 13,4 milhões de bebês nasceram prematuros só em 2020, com quase 1 milhão de mortes ocorrendo por complicações relacionadas com o parto precoce.

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Avanços

O Brasil faz parte de um grupo de 10 países que conseguiram reduzir a taxa de prematuridade de forma mais rápida na última década. República Tcheca, Áustria, Brunei Darussalam, Cingapura, Espanha, Holanda, Dinamarca, Hungria e Suécia completam o grupo.

Este conjunto de países reduziu suas taxas de parto prematuro em mais de 5% entre 2010 e 2020. É importante observar que isso equivale a uma redução média de apenas cerca de 0,5% ao ano.

América Latina

Apesar da redução, o Brasil ainda é uma das nações com maior taxa de nascidos prematuros na América Latina, figurando na terceira posição dessa lista.

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Unicef

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) produziram o relatório. O PMNCH também participou da ação e é a maior aliança mundial para mulheres, crianças e adolescentes.

Outro ponto destacado é que apenas 1 em cada 10 bebês nascidos extremamente prematuros (menos de 28 semanas) sobrevive em países de baixa renda, em comparação com mais de 9 em 10 em países de alta renda.

Cesariana

O Brasil aparece ainda como o segundo país com maiores taxas de cesarianas, que representam mais da metade dos nascimentos (55,7%), ficando atrás apenas da República Dominicana (58,1%).

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