Foto: Fifa/Getty Images

Foram se os tempos das madeiradas… críticas a céu aberto, armas apontadas sem ao menos chance de defesa. Todos somos inocentes até que se prove o contrário. No mar de paixão que é o futebol sabemos que não existe essa história. Transfere se a responsabilidade de um fracasso a figura que usa a razão e a lei, um ladrão sem direito de perdão é o veridito final dos apaixonados!

E eis que a Copa do Mundo da FIFA 2018™ abre novos horizontes. Além da festa que a envolve, a expectativa do melhor do futebol e a ansiedade de receber o troféu mais desejado do esporte, os árbitros passam a contar com ferramentas cada vez mais precisa. E não adianta esbravejar ou criar teorias da conspiração. A tecnologia chegou como libertação definitiva das desconfianças e discursos passionais.

No jogo França x Austrália, o resultado legítimo foi assegurado pelo árbitro que possui o poder de decisão. Não é só assoprar o apito, cronometrar o tempo ou levantar um pedaço de pano, é conciliar o olho que pisca com as câmeras precisas. É entender o jogo e suas táticas, absorver a velocidade da luz na essência da lei. No pulso, o tempo é o justo. A tecnologia da linha do gol torna a visão além do alcance. O árbitro de vídeo é o amigo fiel, conselheiro que informa no tempo devido sob o protocolo determinado. Tecnologicamente a copa apresenta seus primeiros jogos e inaugurando um novo tempo, um novo tom. Só foram os primeiros passos para a gigantesca caminhada que ainda percorreremos!

Fabrício Vilarinho é assistente FIFA e atua como comentarista de arbitragem na Rádio Sagres 730 durante a Copa do Mundo da FIFA 2018™.