Foto: Wagnas Cabral/Flickr

O ex-governador Marco Perillo concedeu entrevista exclusiva à jornalista Cileide Alves, da Sagres 730, nesta quinta-feira (26). O tucano falou sobre o cenário da disputa pelo Palácio das Esmeraldas, e disse que o nome para vice de José Eliton deverá ser definido nos próximos dias. 

Ouça a entrevista na íntegra

{source}
<iframe width=”100%” height=”166″ scrolling=”no” frameborder=”no” allow=”autoplay” src=”https://w.soundcloud.com/player/?url=https%3A//api.soundcloud.com/tracks/477575613&color=%23ff5500&auto_play=false&hide_related=false&show_comments=true&show_user=true&show_reposts=false&show_teaser=true”></iframe>
{/source}

Cileide Alves: Em Goiás, o Demóstenes Torres desistiu da candidatura, e o PTB anunciou que não vai pressionar pela vice, abriu mão da vice. Como vai ficar agora o restante da chapa? 

Marconi Perillo: Olha, o governador e eu temos conversado com os partidos que, tradicionalmente, sempre estiveram no nosso campo, e eu espero que até o começo da semana que vem já tenhamos avançado na formação da chapa inteira. Nós já temos a sinalização dos candidatos a governador e a senador, e estamos agora trabalhando para que o restante da chapa seja composto. 

Cileide Alves: Os nomes vão sair destes que estão sendo falados? Raquel Teixeira, Thiago Peixoto, ou não? 

Marconi Perillo: É muito provável isso, mas também tem a questão do PP. Estamos esperando o ministro Baldy chegar para sentarmos à mesa com ele. Também tem nomes importantes no PRB, no PR, fruto das conversas que estamos tendo e que vamos ter é que a gente vai fechar a chapa. É claro que o candidato a vice tem que ser alguém também sintonizado com o governador, como foi o caso meu com o José Eliton. 

Cileide Alves: O PRB já está acertado que virá ou ainda não, assim como o PP? 

Marconi Perillo: Nós estamos conversando e vamos continuar essas conversas daqui para frente. O deputado João Campos sempre esteve no nosso campo, foi sempre um bom companheiro nosso, e nós vamos continuar conversando com ele. 

Eleições presidenciais 

Na disputa pelo Palácio do Planalto, Marconi Perillo argumentou sobre a escolha do Centrão, composto por PP, PRB, PR e DEM, pelo nome de Geraldo Alckmin (PSDB) para concorrer à Presidência da República. 

Cileide Alves: O que foi decisivo para o Centrão ficar com Alckmin e não com Ciro Gomes ou mesmo diluir em outras alianças? 

Marconi Perillo: Olha, todo mundo trabalhou o apoio do Centrão nesses últimos dois meses. O PT queria o PR, Bolsonaro também queria o PR, o Ciro reuniu-se várias vezes com eles em busca do apoio, o Álvaro Dias também. Nós fizemos um trabalho nos últimos 30 dias de muita conversa, muito diálogo, discrição. Mas eu acho que o que pesou mais foi o equilíbrio do Geraldo Alckmin, a experiência dele, e sobretudo os desafios que a gente vai ter daqui para frente no Brasil. O Geraldo conseguiu governar São Paulo por quatro vezes com absoluto equilíbrio fiscal, contas rigorosamente em dia, avançou muito em áreas estratégicas como Segurança, Educação e Saúde. São Paulo é um modelo em infraestrutura, então isso tudo pesou muito na hora da decisão. O Brasil não pode ter um presidente desequilibrado, inexperiente, alguém que não tenha condições de unir o país, unir as forças democráticas do país, em busca de um futuro que recoloque o país de novo no lugar, com emprego, renda, desenvolvimento, investimentos. Então acho que isso tudo pesou e o fato é que nós conseguimos uma nova inflexão na campanha do Alckmin a partir de agora com um apoio de peso como esse. O Geraldo vai ter o maior tempo de televisão, vai ter tempo para apresentar o seu programa de governo, o seu programa econômico. 

Cileide Alves: E com relação a vice? O Josué Gomes não aceitou ser candidato a vice pelo PR, o Centrão ainda não indicou ninguém. Quais os nomes ou qual o nome que tem chance agora? 

Marconi Perillo: Olha, estão discutindo vários nomes. Cada partido tem sugerido um nome. Cabe ao Centrão debater esse assunto internamente, tentar encontrar um consenso. E já designaram o presidente do DEM, o ACM Neto para tratar esse assunto com o candidato a presidente Geraldo Alckmin. Então eu imagino que nos próximos dias, o prazo é dia 4 de agosto, possamos ter um nome definido, um nome que possa aglutinar, que possa somar. 

Cileide Alves: Vai sair desses que já são públicos, os nomes indicados até agora, ou pode ter um nome novo? 

Marconi Perillo: Pode ser que apareça alguém novo. Tem muita gente sugerindo o nome do Aldo Rebelo, outros sugerem nomes de mulheres. Mas é uma questão que vai ter que ser debatida entre os partidos do centro e o candidato a presidente, que é quem tem que aceitar ou não, um nome para ser companheiro de chapa e, eventualmente, companheiro de governo. 

Cileide Alves: O MDB agora está fora, depois que o Centrão veio? 

Marconi Perillo: O MDB tem candidato. O Henrique Meirelles é o candidato e se tem uma coisa que nós definimos é não interferir em decisões internas de outros partidos, sobretudo os partidos que têm candidato a presidente. 

Cileide Alves: Mas o senhor chegou a sugerir o Meirelles para vice? 

Marconi Perillo: Sugeri no passado quando ele ainda não era pré-candidato à Presidência. Eu sugerir, e se tivesse que fazer, faria de novo.