Os trabalhadores da rede municipal de ensino de Goiânia decidiram, nesta terça-feira (12) terminar a greve que já durava quase um mês.

A categoria aceitou a proposta de reajuste de 33,24% para professores P1 e de 15% para PII, sendo 10% de imediato e o restante acordado para setembro. Foi acertado também aumento de 50% no auxílio transporte.

Já para os servidores administrativos ficou acordado o pagamento da data-base de 2020 e 2021 já no pagamento referente a abril e a data-base correspondente a 2022 no pagamento de maio. Ficou combinado também o pagamento de R$ 300 para auxílio locomoção.

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) disse que vai acompanhar de perto a tramitação da lei na Câmara Municipal de Goiânia, mas afirmou que o acordo ainda ficou distante do preconizado pelo governo federal.

”Muito longe disso. Vinte e oito dias em greve, de muita luta, muita organização da nossa categoria para buscar ter aquilo que é de direito, que é legítimo, tanto para os administrativos da educação como para os professores. Mas nós conseguimos ontem (11) à noite uma proposta um pouco melhor do que foi apresentado na Câmara Municipal, e nós então hoje na Assembleia apresentamos e a categoria concordou com a proposta. Lógico, com muitas contrariedades, porque de fato muito longe do que a categoria esperava dos 33,24%, mas do que foi possível arrancar nessa greve”, afirma.

A presidente do Sintego, Bia de Lima (Foto: Sagres TV/Fernanda Santos)

Confira a seguir a nota da Secretaria Municipal de Educação (SME) sobre o acordado

A respeito do fim da greve na rede municipal de ensino, a SME informa o que se segue:

  • A proposta aceita pelos professores garante um reajuste salarial de 15% para a categoria.
  • A proposta prevê o reajuste de 10,16% neste mês e de 4,84% a partir de setembro.
  • Além disso, a proposta garante um aumento de 50% no auxílio locomoção e de mais 15% de reajuste na gratificação de regência, que é destinada aos professores que atuam em sala de aula.
  • O percentual proposto pela pasta levou em consideração a capacidade orçamentária e o limite prudencial da folha de pagamento de município.
  • A proposta inclui também pagamento da data-base de 2020 e 2021 nos vencimentos dos servidores administrativos ainda em abril e o de 2022 em maio e a criação de vale locomoção no valor de R$ 300 para essa categoria.
  • A SME Goiânia pontua, ainda, que a gestão municipal cumprirá integralmente com essa proposta o piso atualizado em 2022 pelo Governo Federal.

Impacto financeiro

De acordo com a Prefeitura, a proposta de reajuste terá custo anual superior a R$ 165 milhões aos cofres da gestão municipal. Em 2021, a folha de pagamento dos servidores da SME teve valor total de R$ 1,079 bilhão.

Agora, com o reajuste salarial de todos os professores e servidores administrativos acatado pela categoria, a prefeitura prevê gasto anual de R$ 1,24 bilhão, somente com a folha da Educação.