Tanto deputados da situação quanto da oposição ao governo estadual aparentam concordar com os cortes propostos pelo projeto de reforma administrativa, encaminhado pelo governador Marconi Perillo (PSDB). A matéria prevê a extinção de 3,3 mil cargos comissionados, sendo 1,1 mil para este ano e o restante em 2014. Isto representa quase 35% dos comissionados existentes no Estado.
O líder da base de apoio ao governo, Fábio Sousa (PSDB), concorda com as mudanças e garante que os deputados que apoiam a gestão já sabiam da possibilidade de cargos e não terão desgaste político. “Tem que reduzir. Eu concordo que algumas secretarias extraordinárias devem deixar de existir porque a função delas é somente assessoria. Você junta três secretarias que tem praticamente a mesma função também é algo interessante. O mais importante é você desfazer um 3 mil cargos comissionados será pouco, mas é um início para fazer um estado menor. O desgaste político no caso de quem será dispensado é lógico, mas relação a base na Assembleia não, porque todos estavam ciente de que isto iria acontecer,” ressalta.
O deputado de oposição, Paulo Cesar Martins (PMDB), também concorda com os cortes, mas acredita que as alterações já deviam ter sido efetivadas. “O Estado está inchado, eu acho que ele deve estar pensando em uma administração para fazer o que ele está fazendo. Esta economia já devia ter sido feita,” critica.
O presidente da Casa, Helder Valim (PSDB), acredita que a tramitação da matéria não deve causar polêmicas entre os deputados. “Eu acho que todo projeto para diminuir não tem porque causar nenhuma polêmica,” diz.