(Foto: Divulgação / UFG)

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Fábricas de roupa localizadas em Taquaral, a 80 km de Goiânia, começam a produzir nesta terça-feira (31) 200 mil máscaras medicinais para serem distribuídas na rede de saúde do Estado de Goiás. A iniciativa foi da Universidade Federal de Goiás (UFG) em parceria com várias instituições da sociedade, entre elas a Organização das Voluntárias de Goiás (OVG) e a Agência Goiana do Sistema Prisional. Taquaral é um polo de confecções de moda íntima, com cerca de 200 fábricas de lingerie e produção média de 250 mil peças por mês.

Em entrevista à Sagres 730 nesta terça-feira (31) o reitor da UFG, Edward Madureira, informou que o objetivo é ampliar parcerias com outras fábricas, a exemplo de empresas de Pontalina, também polo de produção de moda íntima, para chegar à produção de 2 milhões de máscaras, suficientes para o atendimento da rede de saúde durante o pico da epidemia do novo coronavírus.

Nesta segunda-feira a UFG decidiu suspender o calendário de aulas de 2020, pois sua execução já estava comprometida pela suspensão de aulas em função do isolamento social iniciado nas escolas em 17 de março. Apesar da paralisação das aulas, o reitor afirmou que a universidade está em plena atividade com várias iniciativas de pesquisa e de ações de apoio ao combate ao coronavírus. A produção de equipamentos de proteção individual (EPIs), como máscara, capote, avental, botas, é apenas uma delas, disse.

Edward Madureira explicou que mapeou as possibilidades da universidade de contribuir com a rede de Saúde do Estado. Uma delas, segundo ele, foi a estrutura da faculdade de Artes Visuais ser utilizada para fazer um projeto piloto na produção de EPI’s, “um dos itens de maior dificulade de aquisição pela extrema demanda”, disse. “Nós desenvolvemos toda metodologia, moldamos as máscaras, estabelecemos os protocolos sanitários para a produção, normas técnicas definidas que estão prontas para serem compartilhadas”.

O reitor apontou que há uma escassez de matéria-prima para a confecção dos EPI’s. “O TNT gramatura 50 ou 60 e o SMS que é um outro, não tecido, que é muito utilizado nos aventais e máscaras”, disse. “A matéria-prima que conseguimos garante essas 200 mil máscaras, mas há uma mobilização de mais pessoas viabilizando a vinda de matéria-prima, assim que chegar matéria-prima vamos acionando outros parceiros que já estão previamente contactados”, disse.

A UFG, de acordo com seu reitor, trabalha em pelo menos mais cinco frentes. A Faculdade de Farmácia, o Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP) disponibilizaram laboratórios e profissionais para realização de exames do novo coronavírus em apoio ao Laboratório Central (Lacen), referência no Estado na realização desse diagnóstico.

Os Instituto de Química e de Biologia, segundo Madureira, pesquisam a produção de novos tipos de kits de teste rápido com técnica diferente dos atuais kits. “Os testes rápidos existentes no mercado identificam a reação do paciente em fase adiantada da doença. A pesquisa da UFG é a partir do DNA do próprio vírus e pode identificar a doença mais rapidamente. Testar mais gente é importante, pois isso pode permitir a volta gradativa das atividades da economia” disse.

O departamento de engenharia mecânica trabalha no desenvolvimento de protótipos de respiradores artificiais em parceria com empresas associadas à Associação Pró-Desenvolvimento de Goiás (Adial). Também se prepara para recuperar respiradores em desuso nos hospitais goianos, “é uma força-tarefa que com a expertise que a equipe já ganhou nesses 10 dias, é possível recuperar alguns equipamentos”.

Além disso, há pesquisas em andamento na Faculdade de Medicina em relação a medicamentos para tratamento da covid-19. Por fim, o reitor explica que o Hospital das Clínicas da UFG disponibilizou 40 leitos para atender pacientes com a doença. Falta apenas a pactuação desses leitos pelas Secretarias Estadual e Municipal de Saúde para o HC começar a receber pacientes.

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