A Universidade Federal de Goiás (UFG) foi o tema da terceira edição do Pauta 1. A reitora da UFG, Angelita Pereira de Lima, falou sobre a situação financeira da universidade, após cortes e contingenciamentos sofridos nos últimos anos pelas instituições federais de ensino em todo o país.

De acordo com a reitora, a UFG encerrou com 2022 com um déficit de aproximadamente R$ 15 milhões. Segundo Angelita, no entanto, diferente dos anos anteriores, atualmente não há nenhuma ameaça de corte ou contingenciamento.

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“Isso significa para nós, hoje, considerando tanto o orçamento para custeio, capital e assistência social, que é uma fatia importante do orçamento, a UFG hoje tem um orçamento em torno de R$ 120 milhões. Em relação ao ano passado, nem chegamos em R$ 80 milhões. Voltamos a uma condição importante de 2019, mas ainda não chegamos no ponto necessário”, afirma. “Não está anunciado que pararemos por falta de recurso, isso não. O básico está garantido”, complementa.

Nesse sentido, com o recebimento do aporte financeiro no fim de maio, a prioridade da instituição é concluir as licitações de obras emergenciais ainda nesta ano. A meta é iniciar os trabalhos já em 2024.

“Hoje temos 18 obras para licitar, e são obras prioritárias, aquelas que são as mais emergentes e antigas. Correção de telhado, condição de combate a incêndio, manutenção de prédios, de laboratórios importantes. São 18 obras que estamos em fase de terminar o relatório técnico e fazer a licitação para empenhar até a data necessária, ou seja, até o final do ano”, avalia.

Moradias indígenas

De acordo com Angelita Pereira, a UFG possui atualmente cerca de 300 estudantes indígenas. Com o objetivo de melhorar as condições de estudo dessa população, já há projetos para construção de 250 moradias indígenas no Campus Samambaia em Goiânia.

“[Abrigará] estudantes e famílias. É comum vir junto aos estudantes, os filhos. É uma outra lógica de atendimento a moradia e demanda de estudantes indígenas”, avalia.

Expansão

Além diss, uma das prioridades da UFG é a relação com a comunidade. Um exemplo diss é chegar a localidades que ainda não possuem instituições públicas de ensino superior (IES). Segundo Angelita Pereira, já foram apresentados à Secretaria de Educação Superior (Sesu) projetos de implantação da UFG em Cidade Ocidental, no Entorno do Distrito Federal, e em Porangatu, no Norte goiano.

Ademais, pensando na neoindustrialização, a UFG pretende transformar a região que abrange Aparecida, Goiânia e Anápolis em um corredor universitário.

“Teríamos um corredor na BR-153, ou seja, Aparecida de Goiânia, Goiânia e Anápolis. Eu chamaria de um corredor logístico e tecnológico de uma possibilidade de, no futuro, ser uma grande referência, tanto na parte de logística quanto na parte de ciência e tecnologia”, pontua.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU): ODS 04 – Educação de Qualidade.

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