A imunização de crianças de 5 a 11 começou em todo o estádio de Goiás. Dados do Instituto Butantã mostram que desde o início da pandemia ao menos 300 crianças entre 5 e 11 anos morreram com Covid-19 no Brasil e ao menos 1400 foram diagnosticadas com a doença.

Em entrevista à Sagres, nesta segunda-feira (17), a médica pediátrica e imunologista Lorena Diniz, reafirmou a importância de se imunizar a população desta faixa etária. Atualmente são elas que correm mais riscos por conta das novas variantes.

“Mais de 2600 crianças (de 0 a 12 anos) perderam suas vidas para a Covid-19 no Brasil desde o início da pandemia. Esses números em porcentagem podem parecer pequenos, mas em números absolutos são bastante preocupantes. A maioria dos óbitos foram devido à evolução para uma Síndrome Inflamatória Multisistêmica Pediátrica, o que é um quadro muito grave,” revela a especialista.

Lorena Diniz esclareceu ainda uma séries de dúvidas e mitos acerca da vacinação pediátrica contra a Covid-19. Ela disse que o Brasil é um país que já criou uma cultura de vacinação de crianças e que em caso de dúvidas, procure um especialista e não de ouvidos a fake news.

“O risco de desenvolver uma doença, como miocardite por exemplo, é cem vezes maior para quem está com a doença ou pós infecção viral, do que para quem tomou a vacina. Crianças tem vias aéreas menores, qualquer secreção causada por infecções virais pode levar a uma obstrução, a uma bonqueolite, com necessidade de internação e grande risco de óbito,” explica Lorena.

Ainda segundo Lorena, a fase testes experimentais da vacina já passou, sendo que ela já está regulada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Os efeitos colaterais são os mesmos que podem sem observados em adultos, sendo respostas normais do corpo ao imunizante o que é benigno e não deixa sequelas.

“Neste momento não há dúvidas sobre sua efetividade. O que realizamos neste momento é um processo de observação chamado fármaco-vigilância, comum para qualquer nova droga que é colocada no mercado, que analisa a resposta do corpo humano ao imunizante” disse a especialista.

Confira a entrevista na íntegra:

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