O Atlético se aproxima de um novo pleito eleitoral. Na próxima segunda-feira (12), o Dragão irá eleger o seu novo presidente para o biênio 2017-2018. A disputa entre Maurício Sampaio e Valdivino de Oliveira parece ter ganhado um final feliz. Na edição desta quarta-feira (07) dos Debates Esportivos, o ex-presidente atleticano afirmou que não será candidato à presidência do Atlético.

Sabatinado pelos jornalistas Edson Júnior, Charlie Pereira, Nivaldo Carvalho e Nilton César, Valdivino de Oliveira relembrou a sua chegada no Atlético em 2005 e demonstrou infelicidade com as horas de serviço prestadas pelo atual presidente ao clube. Perguntado sobre uma possível rixa com Maurício, o ex-presidente atleticano se esquivou.

Ouça as declarações de Valdivino de Oliveira nos Debates Esportivos:

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ATENÇÃO: Reviravolta na chapa principal: dança das cadeiras entre Maurício, Jovair e Adson poderá acontecer

Confira a entrevista de Valdivino na íntegra:

Valdivino, você será candidato à presidência do Atlético?

— Não. Eu já fui presidente do Atlético por doze anos. Quatro na década de noventa e oito nesse milênio. Fui dois anos ao lado de Wilson Carlos, quando tivemos a coragem de pegar o Atlético todo desmontado e desmanchado. Lembro que quando eu, Wilson e o Eduardo Mulser assumimos, só nós três, tínhamos até dificuldades de fazer a chapa para concorrer.

Como eram os problemas do Atlético quando você assumiu?

— O Atlético não tinha uma mesa ou uma cadeira. Não tinha livros e nem lugar para treinar. Não tinha nada. Tivemos muitas dificuldades de fazer as eleições. Nós tivemos a empreitada de reconstruir o Atlético. Me lembro quando nós começamos lá, o Centro de Treinamento não tinha nada. Nós tínhamos que fazer tudo. Então, eu já tive essa oportunidade, me dediquei-me ao clube por vários anos, e acho que agora é a hora de outros administrarem o clube.

Ainda existe possibilidade de você ser candidato nesta eleição?

— Não podemos dizer que ‘dessa água não beberei’. São expressões muito fortes. Falar que ‘nunca mais’ ou ‘nunca vou ser’ não dá. O Atlético hoje está muito bem administrado, tem um presidente que, embora as notícias no Atlético são de que ele é muito ausente no clube, não tem dado expediente por lá, mas tem pessoas como o Jovair, o Sebastião Santana e o próprio Adson Batista que estão dando conta do recado. Nunca afirmo que ‘nunca serei’. Agora, enquanto tiver pessoas lá que tenham  condições de dirigir o clube, fico torcendo para que eles tenham sucesso.

No Atlético hoje você é oposição ou situação?

— Nem de oposição, nem de situação. É lógico que tenho minhas divergências com o presidente Maurício Sampaio, mas sou atleticano. Tenho que ir ao estádio, torcer e empurrar. Quando precisaram de mim, mesmo na gestão do Maurício, eu sempre estive presente. O Jovair me ligava e pedia para que eu resolvesse algo, eu sempre resolvia. Sempre que tem algum problema, o Sebastião Santana sempre me liga, quando necessário, e eu sempre estive disposta a ajudar, independente de quem seja o presidente.

Como está a sua situação no Conselho Deliberativo do Atlético?

— Sou um atleticano de ‘quatro contados’ e até costumo dizer que o Atlético é a minha segunda família. E estou sempre disposta a colaborar com o clube. É evidente que as eleições agora passam pelo Jovair, ele é que tem que conduzir. Espero que ele faça da forma eficiente que ele tem feito. O que fiz até agora foi me inscrever na chapa de conselheiros. Eu estava fora do Conselho mas sou um conselheiro nato, pela minha condição de ex-presidente. Mas eu atualizei as minhas prestações no Conselho. Posso votar e posso ser votado. Tudo depende do deputado Jovair, já que ele é que vai conduzir o Atlético daqui pra frente.

O Maurício Sampaio é um bom nome ou gostaria de ver algum outro conselheiro na presidência do Atlético para a próxima gestão?

— Acho que o Maurício tem sido um bom presidente. O que precisa no Maurício é ele se dispor a dar tempo ao clube e falar: ‘olha, vou ser presidente e vou dedicar três dias na semana para dar expediente ao clube. Na segunda, quarta, terça, quinta, sábado, estarei no clube para resolver os problemas’. Isso é para que o Atlético não tenha um presidente virtual. Mas tirando isso o Maurício é um grande presidente e um grande atleticano. Fez um grande trabalho e tem que continuar.

Você votaria no Maurício Sampaio?

— Claro! Voto sim, perfeitamente.