Assim como os brasileiros que vão às urnas neste domingo (2) eleger os seus candidatos, os brasileiros que moram no exterior também podem exercer esse direito do local onde vivem. Um dado do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostrou que cerca de 697.078 brasileiros estão aptos a votar, entretanto, o voto vale apenas para presidente. Confira alguns deles:

Natural de Goiânia, Jeová vive em Bruxelas (Bélgica) com sua família desde 2009 e é a primeira vez que vai votar para presidente desde a mudança para o exterior. Ouvinte assíduo do Sistema Sagres, revelou que está “ciente” do que tem acontecido no Brasil. Os filhos Guilherme e Jeane também vão exercer o direito de cidadãos.

“Temos muitos parentes no Brasil e sabemos que as condições do brasileiro é sofrida, não só Brasil, mas fora também. Nós que estamos conscientes disso temos que procurar melhora e é isso que estamos fazendo”, ressaltou.

Luma Laiane mora no Chile e está muito feliz de poder “fazer parte deste momento tão importante para o país”. Mesmo fora, a enfermeira quer ficar por dentro de tudo que acontece no Brasil, mas esta consciência é recente. Para isso, escuta todos os dias podcasts que trazem as principais informações do dia, além de se conectar muito com as redes sociais e seguir páginas de notícias brasileiras.

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Weder Ferreira, de 41 anos, está há 18 nos Estados Unidos, morando atualmente em Farfield (Connecticut) e em todos os anos que houve eleição para presidente não deixou de votar “porque faz parte e precisa contribuir para o país”. Apesar de morar fora, o empresário consegue acompanhar de perto os acontecimentos do Brasil, já que visita todos os anos.

“Eu escolho meu candidato que vai de acordo com aquilo que eu acredito, que eu procuro para a minha família, um estilo de vida e outros não. Basicamente hoje no Brasil tem duas propostas e tem que escolher aquela que você acredita”, disse.

Weder ainda comentou que a esperança daqueles que moram no exterior para o Brasil é “ver mais honestidade na política, o político fazendo não para se beneficiar, mas sim em prol de um bem comum, em prol da sociedade, de ver melhorias […] Custa sem honesto e fazer melhoria no país? Seja para educação, infraestrutura, no que for”.

Weder Ferreira, brasileiro residente nos Estados Unidos (Foto: Arquivo Pessoal)

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Outro brasileiro que está morando no exterior, mas vai exercer o direito de voto para as eleições 2022 é o Luiz Tiossi, que está em Portugal. Pela segunda vez vai votar para presidente estando em solo português, já que teve uma experiência parecida nos Estados Unidos.

O paulista tem amigos que moram em Portugal e também vão votar para “exercer o direito que nós temos e esperamos mudar essa imagem negativa do Brasil e o país possa ser visto com respeito e da forma positiva como era antes”.

Luiz Tiossi, brasileiro residente em Portugal (Foto: Arquivo Pessoal)

“Independente de morar aqui, algo que eu gosto de fazer é de me atualizar sobre o que está acontecendo no Brasil. Infelizmente, as notícias que envolvem o Brasil no ponto de vista político aqui são negativas e acabam comentando bastante”.

Também residindo em Portugal, o estudante de Relações Internacionais, Thiago Campos, vai votar pela primeira vez fora do território nacional e ressaltou que o Instituto Superior de Engenharia do Porto foi a zona eleitoral selecionada para que os moradores do centro ao norte do país pudessem votar.

Segundo o estudante, a grande concentração de eleitores fez com que a fila chegasse a 1,5 quilômetro, mas que apesar disso, não teve grandes dificuldades para votar. Além disso, apoiadores de candidatos se manisfestavam durante a fila.

“Não teve problema de impasse entre os dois lados e isso demonstra a festa que é a eleição nacional. Eu acho importante que todos que tenham o título de eleitor não se abstenham, que não votem nulo e votem no candidato de sua preferência. Você como cidadão, tem que fazer parte da democracia. Independente de votar em A ou B, ou não votar, a pessoa será o presidente da república pelos próximos quatro anos e isso é muito importante para a nação”, destacou.