O vereador Clécio Alves (PMDB), em entrevista nesta quarta-feira (18) ao programa A Cidade Fala, da Rádio 730, afirmou que é contra o projeto de Atualização da Planta de Valores e do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), que foi protocolado nesta segunda-feira (16), na Câmara Municipal de Goiânia.

“Eu não voto IPTU e Planta de Valores num momento difícil como nós estamos vivendo no país. É um momento de sacrifício. Não tem nem sequer possibilidade de pensar, quanto mais de discutir e de votar um absurdo desse”, afirma.

Além de não aprovar a tramitação, o vereador fez duras críticas ao atual secretário de finanças da Prefeitura de Goiânia, Jeovalter Correia, que auxiliou na elaboração do projeto.

“Aumentar o IPTU é uma ‘ideia de jerico’ desse secretário de finanças da Prefeitura de Goiânia que, na minha opinião, é incompetente, é um homem que não conversa com ninguém, é um homem que se acha dono da verdade, é um homem que está cansado de mandar projetos pra cá e depois desmanchar”, esbravejou.

Apesar das declarações, Clécio não confirmou se leu todo o projeto, mas acredita que tomou conhecimento suficiente para manter seu posicionamento contrário. “O que sei do projeto é suficiente pra fazer a minha posição. Quem pode mudar minha opinião é o povo de Goiânia, é em função do povo que eu voto contra, contra, contra e contra”, afirma.

Entenda o projeto

Em 2016, o IPTU e o ITU serão aplicados em cinco faixas diferentes. 81% dos imóveis da capital estarão isentos ou pagarão o reajuste da inflação sobre o valor do imposto de 2015. A primeira faixa é a que será isenta. A segunda faixa equivale a 78,03% dos imóveis e sofrerá somente a correção inflacionária. A terceira faixa corresponde aos imóveis que tiveram valor venal superior a R$ 200 mil e terão IPTU acrescido 5% em relação à inflação.

Já a quarta faixa é dos imóveis que também têm valor acima de R$ 200 mil, mas com valorização entre 20% e 40% na planta de valores. Para estes, o reajuste da inflação será de mais 10%. A quinta e última faixa é dos imóveis também acima de R$ 200 mil, mas que foram valorizados acima de 40% na planta de valores. Para estes, o acréscimo em relação à inflação será de 15%.