O vereador por Goiânia, Vinícius Cirqueira (Pros) concedeu nesta quinta-feira (24) uma entrevista exclusiva à Rádio 730. Em pauta, os desdobramentos da Operação Multigrana – de responsabilidade do Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) – que investiga o desvio de dinheiro oriundo da venda de ingressos nos Parques Mutirama e Zoológico. 

O caso teve uma reviravolta depois que o MP-GO teve acesso à mensagens do aplicativo de celular Whatsapp e à grampos telefônicos que apresentam indícios da relação entre o dinheiro desviado das bilheterias do Mutirama e políticos goianiense, entre eles Vinícius Cirqueira.

O nome do vereador é citado em um diálogo entre o ex-presidente da Agência Municipal de Turismo e Lazer (Agetul), Sebastião Peixoto, e um homem identificado como professor Jorge. Ao ser questionado sobre o assunto, Cirqueira negou ter recebido recursos desviados do Mutirama. “O professor Jorge dá aulas de karatê e foi diretor de um centro esportivo no Jardim Guanabara, região que é meu reduto eleitoral. Eu tive várias divergências com ele sobre a maneira como ele conduzia o centro esportivo. Tenho certeza que ele fez isso para denegrir a minha imagem”, defende-se o vereador.

Em um dos textos que está sob posse do Ministério Público, Vinícius Cirqueira é acusado de ter recebido uma doação no valor de R$ 4 mil de um dos investigados na Multigrana, o ex-diretor de Finanças da Agetul, Geraldo Magela.

O vereador confirma que a doação de fato existiu, mas ressalta que o dinheiro foi doado legalmente. “O dinheiro saiu da conta de pessoa física do Geraldo Magela para a conta de pessoa jurídica da minha campanha. Eu declarei esses dados, são dados públicos. Quando a Operação foi deflagrada e eu vi que o Magela estava envolvido, eu fui até o Ministério para esclarecer os fatos”, acrescenta.

Ademais, Vinícius Cirqueira reforçou que a doação feita por Magela consta no Portal da Transparência. Além dele, são acusados de envolvimento no caso os vereadores Zander Fábio (PEN) e Wellington Peixoto (PMDB). Todos negam que tenham recebido dinheiro fraudado.

A primeira fase da Operação foi deflagrada no dia 23 de maio deste ano. Quatro mandados de prisão temporária, cinco de condução coercitiva e 12 de busca e apreensão foram cumpridos em Goiânia, Aparecida de Goiânia e Senador Canedo.

Acompanhe a entrevista completa:

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