Na primeira sessão após a saída coletiva de membros do MDB e aliados de cargos de secretários, vereadores saíram em defesa do prefeito de Goiânia, Rogério Cruz e direcionaram críticas a Daniel Vilela e aos ex-auxiliares do primeiro escalão da administração municipal. O prefeito abriu espaço para parlamentares na gestão, inclusive com a indicação do vereador Wellington Bessa para secretaria de Educação, além da nomeação do filho de Clécio Alves (MDB), Luan Alves para a Agência Municipal do Meio Ambiente (AMMA).

Santana Gomes (PRTB) foi o primeiro a levantar o tema. Ele foi o parlamentar que propôs uma Comissão Especial de Inquérito para analisar supostas irregularidades nos contratos de recapeamento asfáltico em Goiânia. Mesmo antes da CEI ser instaurada o prefeito Rogério Cruz atendeu pedido dos vereadores suspendendo os contratos por 120 dias, sem mesmo indicar se houve indícios de ilegalidade.

“O prefeito tomou a atitude correta. Esta Casa é o órgão fiscalizador. As 17 assinaturas foram colhidas com um objetivo, a suspensão dos contratos e o prefeito nos atendeu”, disse Santana. O vereador ainda declarou que o prefeito continuará no mesmo projeto, diferente do que foi apontado por emedebistas. “Porque o prefeito não pode continuar no mesmo projeto com peças diferentes? Agora estão falando que estão em outro projeto. Não acredito. Esta casa está vigilante”, finalizou.

Kleybe Morais (MDB) argumentou que o prefeito não caiu de paraquedas, que foi escolhido por Maguito Vilela. Ele ressaltou que a cidade não pode perder com picuinhas ou briguinhas políticas. O parlamentar elogiou o prefeito e disse que vai ser um dos melhores gestores que a cidade terá. Morais no início da gestão havia dito que faria oposição a Rogério Cruz. Ele ressaltou a necessidade de fiscalização.

Aava Santiago também defendeu a legitimidade do prefeito Rogério Cruz. Ela relatou sobre a tentativa de criminalização da política. Willian Veloso (PL) também saiu em defesa de Rogério, assim como Anselmo Pereira (MDB), o líder do prefeito Sandes Júnior, Cabo Senna (Patriota), entre outros.

Pedro Azulão Júnior (PSB) endureceu o tom aos ex-secretários e ao presidente estadual do MDB, Daniel Vilela. Ele relatou classificou o grupo que deixou o Paço Municipal como “carrapatos do poder”.

“Ninguém é insubstituível. Vamos arrumar pessoas técnicas para ajudar Goiânia”, declarou o parlamentar. Azulão ainda finalizou destacando que as pessoas que deixaram os cargos não tem compromisso com a gestão. “Esse pessoal só gosta de estar na prefeitura se estiver mamando nas tetas. Agora tirou esses carrapatos e agora terá liberdade para agir”, afirmou. Anderson Bokão (DEM) disse que a gestão do prefeito começa hoje.

Joãozinho Guimarães (Solidariedade), disse que a substituição de auxiliares deveria atingir os secretários que permaneceram nos cargos e defendeu reforma administrativa, ponto citado em discurso do prefeito Rogério Cruz.  

Acho que tinha metido era um canetão e derrubar todo mundo. Ele mandou um projeto para reforma administrativa. Acho que a prefeitura inchou a máquina e diminuir o tamanho da máquina atendendo melhor a população.

Indicações

O vereador Geverson Abel (Avante) colheu assinaturas na sessão desta terça-feira na Câmara de Goiânia para que o colega de partido na Casa, Thialu Guioti, seja indicado para o comando da Secretaria de Ciência e Tecnologia.