A antecipação da eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Goiânia está sendo discutida pelos vereadores nos bastidores da Casa. Parlamentares ouvidos pela reportagem da Sagres demonstraram ser favoráveis.

Pedro Azulão Júnior (PSB) destacou que hoje haveria quantidade suficiente de votos para promover a alteração, mas defende que ocorra uma discussão amadurecida. O mandato do presidente Romário Policarpo (Patriota) termina no final de 2022.

“Se for legal e é legal nós vamos aprovar. Não tenho dificuldade nenhuma em discutir antecipação da eleição. Até porque amanhã podem ter outras forças políticas, alguns vereadores querem que o Executivo tenha controle da Câmara. Hoje o prefeito não tem dificuldade com vereador. Mas se a gente de eleger um novo presidente, da minha preferência é o Policarpo, não há nada ilegal, não estamos atropelando nada”, disse o parlamentar.

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Aava Santiago (PSDB) avaliou que é favorável ao tema, desde que promova segurança institucional.

“Não vejo como um debate moral, se certo ou errado. Acho que é viável se isso for apaziguar o cenário. Tenho como prioridade a segurança institucional visando que os trabalhos funcionem. Esses dias tínhamos uma matéria importante e ficamos quatro horas discutindo questões de segunda importância, como resultado da última eleição da Mesa Diretora”, destacou Aava.

Outro parlamentar que também defende a antecipação da eleição da Mesa Diretora é Mauro Rubem (PT).

“Concordo. Acho que se a gente fizer uma discussão mais prévia, mais estruturada e não no apagar das luzes, num cenário político diferente, quando se faz depois das eleições como era previsto, é um período atípico, visto que você tem os resultados das eleições. Para mim quanto mais previsível, discutido previamente será melhor para o parlamento e para a sociedade”, disse o petista.

Santana Gomes (PRTB) relata que seria pertinente a antecipação do processo, em virtude de um cenário de incerteza política em Goiânia.

“Sou favorável. Pela insegurança política que temos no momento, vejo que pelo menos a gente (vereadores) precisa ter mais segurança”, argumentou Santana.

Já o ex-presidente da Câmara e atual primeiro vice-presidente da Casa, Clécio Alves (MDB) apresentou posicionamento distinto, e defendeu unidade para a sucessão da atual Mesa.

“O que vale não é antecipar, mas os vereadores entenderem, montar uma chapa que se não agradar 100%, fui um presidente com votos de todos os vereadores, que a gente possa chegar o mais perto possível. A antecipação é irrelevante, a Mesa está empossada até o final de 2021, então não há que se discutir Mesa Diretora”, afirmou Clécio.

Além da antecipação das eleições da Mesa Diretora também há outras discussões nos bastidores da Câmara, tais como a reestruturação de cargos nos gabinetes dos vereadores e ainda a criação de verbas indenizatórias para os vereadores.