O Atlético Goianiense faz sua primeira viagem na Copa Sul-Americana de 2021 nesta quarta-feira (28) quando, no início da tarde, embarca para o Chile onde enfrenta o Palestino pela segunda rodada do Grupo F. A delegação rubro-negra se prepara para uma logística planejada de acordo com o calendário apertado que o clube terá nas próximas semanas com jogos da competição internacional e também das fases finais do Campeonato Goiano. A maratona começa nesta quinta-feira (29) na cidade de Rancagua, que fica cerca de 80 km de distância de Santiago.

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Até mesmo pela proximidade dos dois municípios, o Dragão ficará hospedado na capital chilena no Hotel InterContinental e só irá para o Estádio El Teniente no dia da partida. Depois do apito final a delegação retorna para a concentração, com o retorno para Goiânia marcado para o início da tarde de sexta-feira (30) e o desembarque para o início da noite no Aeroporto Santa Genoveva.

Como uma das exigências da Conmebol por conta da pandemia da covid-19, os clubes devem fretar os vôos para as viagens durante a competição. A aeronave que levará o Atlético-GO é um boeing 737 com capacidade para 52 pessoas e plotado com o escudo rubro-negro.

Para fretar o vôo a diretoria atleticana precisou desembolsar cerca de 140 mil dólares (cerca de R$ 763 mil). Além disso, como é obrigatório ter distanciamento até mesmo dentro do ônibus, o clube alugou dois veículos para o transporte de atletas, comissão, diretores e convidados. Somando todos os gastos da viagem, como hospedagem, alimentação e testes de covid-19, a estimativa é que os gastos para este deslocamento até o Chile gira em torno de $ 1 milhão aos cofres rubro-negros.

Toda a logística da Copa Sul-Americana é bancada pelos clubes, que recebem da Conmebol 900 mil dólares (cerca de R$ 5,1 milhões) para a disputa da fase de grupos. O valor, que no início impressiona, deve ser gasto apenas com a preparação paras as partidas.

“A gente tem uma preocupação de estar pagando para jogar. Nós vamos fazer essa avaliação, porque é muito caro esse fretamento, hotel e toda a logística. É muita exigência e desgaste, uma competição caríssima. É bem provável que não cubram os custos, os recursos que chegam da Conmebol”, revelou o presidente Adson Batista à Sagres.

(Foto: Bruno Corsino/ACG)

Protocolo rígido

Além do vôo fretado, a delegação precisará ser submetida a três testes RT-PCR de covid-19 para entrar no Chile. Um já foi realizado na última segunda-feira (26) e enviado à Conmebol nesta terça-feira (27), 24 horas antes da viagem, como exige o regulamento do torneio. Outra bateria será feita no embarque e última no desembarque em Santiago. Todos os exames realizados em Goiânia tiveram resultado negativo.

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Delegação

Apesar dos 52 lugares no avião, o Atlético Goianiense levará 45 pessoas para o duelo contra o Palestino no Chile. Serão 23 atletas relacionados por Jorginho -número superior ao que o clube geralmente relaciona para partidas realizadas em âmbito regional e nacional – sendo que o zagueiro Oliveira, se recuperando de uma tendinite no joelho direito, e o atacante Roberson, suspenso, ficam em Goiânia.

Além do treinador, mais 11 membros da comissão técnica irão viajar, contando com dois auxiliares, um coordenador técnico, médico, fisioterapeuta, fisiologista, a nutricionista Paola Trevisan, preparador físico e preparador de goleiros. Juntamente com o presidente executivo Adson Batista, estarão o presidente do Conselho Deliberativo Jovair Arantes, o diretor administrativo Marcos Egídio e o diretor financeiro Luiz Fraissat.

A delegação será completada com o supervisor de futebol Júnior Mortosa e o assessor de imprensa Álvaro de Castro, além de alguns convidados, como o deputado estadual Henrique Arantes e Itamir Campos, conselheiros do clube. Os ex-presidentes Valdivino de Oliveira e Maurício Sampaio foram convidados, mas por motivos particulares não poderão viajar.