Quase dois meses após de ser pego no exame antidoping por uso de cocaína, o volante Róbston teve seu contrato rescindindo pelo Vila Nova na tarde desta segunda-feira (24) e não tem mais nenhum vínculo com o clube. O atleta foi pego quando ainda atuava pela Série C de 2013, em jogo diante do Sampaio Corrêa. Após admitir que fez uso do entorpecente, Róbston foi julgado e suspenso com pena de dois anos, reduzido para um.

Em primeiro momento, a diretoria do clube colorado declarou total apoio ao jogador e rechaçou a ideia de desligá-lo do quadro de contratados. Inclusive foi cogitado fortemente em aproveitar Róbston como treinador das categorias de base, enquanto o jogador estivesse impedido de entrar em campo. Porém, com o departamento de futebol recomposto, a opção foi por rescindir o contrato do o ex-capitão, que teve todas as pendências financeiras acertadas e colocadas em dia.

Surpreso com a atitude da diretoria, Róbston comenta que não esperava sair dessa maneira e tinha esperança de contribuir com clube. “É um momento difícil, um saída complicada que me deixa muito triste. Foi um clube que me abraçou, com uma torcida maravilhosa que também me acolheu. Não é fácil deixar tudo isso para trás, estou chateado comigo mesmo por ter gerado tudo isso, saio muito triste com tudo que aconteceu”, comenta.

Para ele, sua ligação com o Vila Nova poderia ter sido ainda mais especial e, por isso, uma saída em baixa e prematura, o deixa bastante decepcionado: “Queria ter dado muito mais para o Vila e sei que tinha condições para isso. Infelizmente consegui apenas um acesso com o time, queria muito ter conquistado algum título. Mas são coisas do futebol e esse tipo de coisa sempre acontece. Fica o sentimento de que poderia ter ido mais adiante e ter dado mais alegrais, principalmente à torcida”, desabafa o jogador.

Apesar da saída, Róbston garante que todas as portas do clube foram deixadas abertas e faz questão de ressaltar a temporada que viveu no Tigrão como um momento especial na carreira. “Apesar de tudo isso, só tenho agradecer ao Vila Nova, à torcida e também à diretoria. Em todos momentos estiveram ao meu lado, e isso contou demais para mim. Me identifiquei muito com as pessoas daqui, com a torcida de massa e apaixonada. Realmente foi diferente jogar aqui e tenho certeza que eles também pensam assim, tenho certeza que as portas estão abertas para mim”, declara o ex-capitão.