O vereador e líder do prefeito Iris Rezende na Câmara, Welington Peixoto (MDB), defendeu nesta segunda-feira (22) a reabertura do comércio em Goiânia. O parlamentar criticou a suspensão do decreto que permitia a retomada das atividades a partir de hoje.

Por que só Goiânia? Aparecida é diferente? Trindade é diferente? Senador Canedo? Trindade liberou até academia. Os shoppings, as pessoas de Goiânia estão indo para Aparecida de Goiânia porque aqui está fechado. Eu não entende essa justificativa, só Goiânia que não pode, os outros podem”, questiona.

Na noite de ontem (21) uma liminar da Justiça de Goiás suspendeu a reabertura do comércio, anulando o decreto da prefeitura, que já avalia se recorre da decisão ou se baixa novo decreto para abertura dos estabelecimentos.

Criou uma expectativa nos empresários, eles investiram para essa reabertura e no final de semana surpresos com a liminar”, diz o vereador, que sai em defesa dos comerciantes.

Na semana passada, o Gabinete de Crise da Prefeitura definiu pelo decreto de reabertura depois que a Câmara anunciou projeto de decreto legislativo para reabrir o comércio. Com a decisão do prefeito pela flexibilização, aos vereadores optaram por recuar e aguardar o Paço. Peixoto descarta que Iris tenha agido por pressão para liberar as atividades.

O prefeito Iris, com a experiência que ele tem, ele não se abala, não se curva a pressão, seja de quem for. A Câmara em nenhum momento pressionou, ela quis colaborar com a Prefeitura”, afirma. “Estamos lá para dar sugestões, e estamos na rua e vendo que o comércio está aberto, tem vários vídeos de madrugada na 44 lotado de carros, de pessoas, sem os critérios. Vários comércios abertos, você passa na Avenida Anhanguera, em Campinas, quase tudo aberto”, relata.

Os números da Covid-19 em Goiânia só aumentam. Ontem (21), o último informe epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) apontava 114 mortes e 5.275 registros de infectados na capital goiana.

No domingo (14) anterior, eram 3.253 casos confirmados e 88 óbitos, um aumento de 62% no número de casos e um crescimento de 29% em relação às vítimas fatais. “É muito melhor flexibilizar com regras do que deixar do jeito que está”, conclui o vereador.