Enquanto os clubes e as federações se preparam para o retorno das competições estaduais em julho, em Goiás ainda não há uma definição. Porém a Federação Goiana de Futebol (FGF) estuda uma forma para que os times recuperem ritmo de jogo antes do Campeonato Brasileiro começar, com a possibilidade de um torneio amistoso na segunda quinzena de julho.

Em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (22), o goleiro Tadeu, do Goiás, afirmou que “sou a favor da retomada do campeonato estadual. Se tiver essa possibilidade, seria muito interessante por se tratar de jogos que valem título. Teria uma diferença em relação a jogos amistosos por já estar no clima de competição, mas, se não houver a possibilidade, com certeza é válido um torneio, porque temos um campeonato dificílimo, que é o Brasileiro e também a Copa do Brasil, e precisamos de jogos para adquirir ritmo, e ritmo é só jogando”.

Por falar em ritmo de jogo, muitos goleiros sofreram com o retorno dos jogos na Europa. O arqueiro esmeraldino destacou que “todos perderão bastante, porque é um período longo, mas vejo que temos um período bom para a readaptação. Já se passaram três meses e só mantivemos a parte física, agora estamos entrando na terceira semana de trabalhos técnicos e físicos, mas para nós o trabalho com bola é essencial. Esses jogos amistosos servirão para adquirirmos esse ritmo”.

Com a ausência de jogos para os clubes exporem as marcas de seus parceiros comerciais e também receberem pelos direitos de transmissão, redução de salários se tornam assuntos urgentes com a falta de receita. Tadeu frisou que “em relação ao mês de junho, ainda não fomos procurados e não houve nenhum tipo de conversa. Se houver essa necessidade, seremos procurados, o clube mostrará os pontos e, como houve nas outras vezes, com certeza terá uma definição sensata de ambas as partes, como sempre houve.

Confortável para voltar a jogar, o goleiro justificou que “estamos seguindo à risca o protocolo do clube. Lá no fundo temos o receio do vírus, eu mais por conta de ter a minha família aqui, então o cuidado é sempre redobrado, mas como voltamos a treinar e o clube tem fornecido a maior segurança possível, já me sinto preparado para voltar a jogar. Estou preparado, e acredito que muitos também, por estarmos treinando aqui e, com o passar dos dias, vamos adquirindo mais essa confiança para, em breve, poder voltar a jogar”.

Sobre a nova rotina no CT Edmo Pinheiro, “é um tanto quanto estranho você chegar e estar completamente diferente, não tem nada parecido com o que era antes. Pouquíssimos funcionários, chegamos e vamos direto do campo, e do campo direto para o carro, então tem sido um pouco estranho. Não temos mais aquela ‘resenha’ antes dos treinamentos, mas, na medida do possível, acredito que as coisas vão retomando e vamos caminhando para o que era antes”.

2020 não tem sido um ano simples para Tadeu, que superou um problema familiar com a doença da pequena Isabela, já recuperada, mas “o lado bom, que sempre procuro ver, é que tivemos um período afastados dos gramados e foi ótimo para a minha filha ter essa recuperação. Desde o problema que ela teve já me fez refletir muito, e acredito que essa pandemia também faz refletir demais sobre o valor da vida, da família, da saúde e de bem-estar, e mostra que somos todos iguais. Esse vírus não escolhe pessoas”.