Depois de ter ficado fora do mata-mata em 2021, o Crac está de volta às quartas de final do Campeonato Goiano nesta temporada. O Leão do Sul, que se classificou em 4º lugar no Grupo B, enfrenta o Goiás Esporte Clube na próxima fase, e o técnico do time, Wilson Gottardo, minimizou o favoritismo esmeraldino.

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“Favoristismo fica mais para a torcida, imprensa. A gente acredita que o futebol hoje, seja em nível nacional ou internacional, tem muitos recursos tecnológicos para criar, evoluir, aprender e crescer dentro da sua capacidade estrutural. Meu grupo é bem motivado, decidido, a ideia está bem consolidada. Cada jogo tem sua história, emoção, desafios, sempre respeitando ao máximo nossos adversários”, destacou.

O gramado do Genervino da Fonseca foi alvo de muitas críticas de equipes que jogaram contra o Crac. Mesmo admitindo que a qualidade do campo não é ideal, Wilson Gottardo negou que o fator possa beneficiar o Leão e aproveitou para criticar outros estádios.

“Atrapalha todo mundo. Eu tive um lance por exemplo [contra o Atlético] que meu atacante entrou na área com a bola dominada e sentiu dificuldade, porque a bola ficou viva. Não é porque estou aqui que vou acostumar com coisa que não esteja me trazendo conforto. O gramado é ruim para todos, seja aqui, lá em Iporá, Goiatuba, qualquer lugar”, pontuou.

Para enfrentar o líder do Grupo A e o time de melhor campanha do estadual, Wilson Gottardo aposta na força do seu elenco para tentar se classificar. “Não tem nada especial, nenhuma mágica, não tem nada. Tem um grupo, que convive o dia todo, estão em um espaço “confinado”, suas famílias estão distantes daqui, então existe uma união muito forte entre eles. Nosso ambiente é leve, alegre, mas de muito respeito. Existe uma cobrançã saudável também, construtiva, de melhorar e evoluir”, argumentou.

Apesar de não ter enfrentado o Goiás na primeira fase para conhecer melhor a equipe, Wilson Gottardo possui outro trunfo. O técnico conhece bem Paulo Autuori, já que foi campeão brasileiro com ele pelo Botafogo em 1995 e da Libertadores da América em 1997.

“O Paulo é um cara muito correto, tem suas ideias, suas convicções. Como treinador conheci, como coordenador não sei, mas acredito que, pela experiência adquirida de muitos anos na Europa e no Brasil, se a diretoria do Goiás criar uma comunicação sem ruído será muito benéfico, da forma como ele gosta de trabalhar. O Goiás deu um passo interessante para desenvolver isso”, elogiou.