Sem vencer há duas partidas após a derrota no clássico diante do Vila Nova e o empate com o Iporá pelo Campeonato Goiano, o Atlético Goianiense volta suas atenções agora para a Copa do Brasil. O rubro-negro encara o União de Rondonópolis na próxima quinta-feira (3), às 19h00, no Mato Grosso, em sua estreia na competição nacional.

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Como está melhor posicionado no ranking da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o clube goiano joga por um empate no Estádio Luthero Lopes para avançar de fase. Apesar disso, o discurso é de buscar a vitória fora de casa, como destacou o zagueiro Ramon em entrevista à Sagres.

“Nós sabemos dessa ‘leve’ vantagem que vamos ter, mas temos que pensar sempre na vitória. Não podemos entrar em campo pensando em empatar a partida, de forma alguma. Vimos na Copa do Brasil times que eram maiores acabaram tropeçando na primeira fase, então temos que entrar em campo focados em buscar a vitória. Deixamos essa vantagem para o final do jogo, temos que impor nosso ritmo para sairmos com a vitória”.

E ele, assim como os demais integrantes do sistema defensivo do Atlético-GO, terá um papel fundamental em uma classificação rubro-negro. Como uma igualdade no placar favorece ao Dragão, se não sofrer gols, a vaga está garantida.

“Temos que entrar concentrados, como em todos os jogos. Nós não conhecemos bem o campo deles e vamos ver o estado do gramado horas antes da partida. Temos que fazer um jogo seguro, se não tomarmos gols, a gente se classifica, então é preciso fazer um jogo forte defensivamente que assim vamos sair de lá com o resultado que a gente quer”, projetou o defensor.

Ramon Menezes em entrevista à Sagres (Foto: Nathália Freitas/Sagres On)

Mesmo com Ramon esperando um duelo complicado em Rondonópolis, a disparidade do cenário das duas equipes é notória. Enquanto o time atleticano se prepara para um calendário com Campeonato Brasileiro da Série A e Copa Sul-Americana, o colorado disputará mais uma vez a quarta divisão nacional. O favoritismo, entretanto, não garante o Atlético-GO na segunda fase.

“Temos que mostrar dentro de campo (favoritismo) e esquecer isso de dizer que já estamos classificados porque eu vi muito gente falando. Temos que passar pela primeira fase, o favoritismo a gente deixa para a torcida, para a própria imprensa, mas nós jogadores que dentro de campo é onze contra onze e vai ser um jogo difícil”, frisou o zagueiro.

O jogador rubro-negro também se mostrou consciente com a importância de uma classificação para a instituição. Como o próprio presidente Adson Batista ressalta, o Dragão é um clube emergente e a cada ano busca sua consolidação entre os grandes do futebol brasileiro e também uma estabilidade financeira. Como em 2022 a premiação paga por cada fase da Copa do Brasil aumentou, a competição ficou ainda mais atrativa.

“Isso ajuda os atletas, a comissão, todo o pessoal que trabalha no Atlético-GO para ter uma segurança nesse primeiro semestre. É claro que o Atlético-GO não depende de ninguém, nesses últimos anos nessa parte financeira não teve trabalho nenhum, mas sabemos que é um fator a mais. Nós buscamos isso sim, cada fase que a gente avança o valor vai aumentando, então almejamos sim”, afirmou Ramon.

Dificuldade na adaptação

Ramon tem 26 anos e iniciou sua carreira no Bahia de Feira de Santana. Ficou por seis temporadas no vitória até encarar, em 2020, o maior desafio de sua carreira: defender o Cruzeiro. Titular no clube celeste, chamou a atenção e foi contratado pelo Atlético-GO com a responsabilidade de substituir Éder, um dos principais nomes do sistema defensivo do Dragão no últimos dois anos.

Depois de uma negociação demorada, já que ele precisou rescindir seu vínculo com o time mineiro, o zagueiro ainda precisou de algumas semanas para se condicionar fisicamente, já que não havia iniciado a pré-temporada no CT do Dragão. Esse foi, inclusive, um fator que dificultou a adaptação do jogador no rubo-negro.

“Não vou negar, senti muita diferença quando cheguei aqui no Atlético-GO. É um clube que gosta muito de trabalho, tanto fora de campo quanto dentro de campo. Além disso preza muito a parte física e também a parte mental do atleta. Foi muito difícil a minha adaptação, mas já tenho um mês aqui, estou criando o Atlético-GO dentro de mim”, ressaltou Ramon.