Se tornou repetitiva a palavra zona de conforto nas entrevistas pós jogo do presidente do Atlético, Adson Batista. Mas em qual situação se encaixaria a frase “No Atlético não há espaço para zona de conforto”, no plano técnico ou na falta de empenho, no desinteresse dos jogadores nos jogos do campeonato brasileiro. Certamente na falta de empenho, porque se o time não é excelente, pelo menos demonstrou muita vontade nas copas que disputou.

Onde,então, o rubro-negro está enganando, nas duas copas teria sido um ponto fora da curva chegando onde chegou ou a realidade do elenco é essa que aí está no Campeonato Brasileiro.

No meu ponto de vista, nem uma coisa nem outra. O Dragão mandou bem nas duas copas ao mesmo instante em que derrapa na Série A jogo a jogo, causando desespero na torcida e levando o presidente Adson Batista a perder alguns quilos em busca das razões para essa queda brusca de uma equipe que encantou em alguns jogos.

O Atlético Clube Goianiense tem 12 jogos para salvar um ano interessante no ponto de vista financeiro, arrecadou bem nas copas, ganhou o campeonato goiano e fez sucesso em nível internacional como semifinalista da Copa Sul-Americana. Cair pra série B seria jogar tudo no lixo, o dinheiro arrecadado talvez seja pouco para remontagem de um time capaz de fazer o bate-volta na segunda divisão.

Acredito que por alguns momentos, jogadores se julgaram acima do que na verdade são, transvestindo-se de craques pelo elogios que ultrapassaram as barreiras de Goiás. Motivo de sobra para o fracasso na mais importante competição do clube que é o Campeonato Brasileiro.

O momento requer atenção, mas não será com ameaças que os erros cometidos serão corrigidos imediatamente, primeiro porque jogador não tem amor pelo clube, tem afeição pelo salário que recebe. Segundo porque se o time cair, a maioria vai estar em outros clubes, alguns de Série A e o Atlético que se dane nas competições futuras.

Imagino o quanto é difícil até para as cobranças nesses momentos. Se arrochar, o corporativismo da classe pode ser determinante. Se não cobrar, os jogadores se sentirão a vontade para ligarem individualmente o “Tô nem aí “!

Então, presidente Adson Batista, (faça como o velho marinheiro que durante o nevoeiro leva o barco devagar) trecho da música Argumento de Paulinho da Viola!