Cardiopatia Congênita é um grupo de doenças que surgem no coração da criança ainda dentro da barriga da mãe. Em entrevista à Sagres, a pediatra Mirna de Sousa afirmou que o problema pode ser detectado ainda no pré-natal.

“O coração da criança deve ser avaliado em todo o pré-natal, pois 90% dos bebês que nascem com má-formação de coração vem de famílias normais e sem fator de risco”, disse.

Segunda a pediatra, o fluxo ideal é o diagnóstico precoce durante a gestação, mas destacou que existem outras duas formas de detectar a anomalia no órgão.

“Na maternidade, logo após o nascimento tem o teste do coraçãozinho, que desde 2014 é obrigatório em todo território nacional e nenhuma criança pode sair da maternidade sem o teste do coraçãozinho;  E a criança deve ser analisada regularmente pelo pediatra”, afirmou.

O  Dia Nacional de Conscientização da Cardiopatia Congênita é celebrado em 12 de junho. A data foi instituída com o objetivo de dar evidência ao problema de saúde infantil e surgiu do movimento das famílias de crianças portadoras da anomalia, que enfrentaram dificuldades no diagnóstico, principalmente pela falta de informação.

“O importante é alertar a população e as autoridades de saúde que nós temos em crianças doenças que não são raras, que têm tratamento e se diagnosticadas precocemente e tratadas adequadamente vão fazer diferença na vida dessas crianças”, avaliou Sousa.

Segundo a médica, a cada 100 bebês que nascem vivos, um é portador de Cardiopatia Congênita. Ela afirmou que a estimativa é que nascem em torno de 29 mil crianças por ano com má-formação do coração no país. Por esse motivo, a pediatra ressaltou a importância de que o diagnóstico seja feito precocemente ainda no pré-natal.

“O diagnóstico precoce aumenta a chance de tratamento e cura pra todas as doenças, diagnóstico precoce salva vidas. Na Cardiopatia Congênita ainda tem um fator a mais que é a janela para tratamento, quando o diagnóstico é tardio, muitas vezes a criança perde a condição de operabilidade que era corrigível significativamente se o diagnóstico tivesse sido feito precocemente”, finalizou.

Confira a entrevista completa:

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