Simão Pedro Bar-Jonas, natural de Betsaida, conhecedor profundo do sistema de trabalho mais antigo, talvez o mais antigo do mundo, que é a pesca, era homem simples e bondoso, porém, quando irritado, enérgico e, por vezes, violento. No entanto, passados alguns minutos, arrependia-se, chegando até às lágrimas. Os seus sentimentos variavam como as ondas do mar.(…) (Espírito Shaolin , médium João Nunes Maia, livro Ave Luz. Pág. 44)

Pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno
não prevalecerão contra ela (Mt 16:18).

É importante destacar que a frase “tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja” reflete que a construção do Cristianismo não está assentada na pessoa de Simão Pedro, propriamente dita, mas na “pedra”, no sentido de revelação ou de fundamento espiritual, que não se ergue da falibilidade dos conceitos humanos, mas da fé raciocinada, alicerce dos planos imortais da própria revelação de Jesus.

A palavra de Jesus se tornou a pedra angular, isto é, a pedra de consolidação do novo edifício da fé, erguido sobre as ruínas do
antigo. (KARDEC, Allan. A gênese. Cap. 17, item 28)

Disse-lhes ele: E vós, quem dizeis que eu sou? E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o
Filho do Deus vivo (Mt 16:15-16).

Iluminado por inspiração superior, Pedro age como médium perfeitamente associado às forças do bem quando reconhece, em Jesus, o Messias Divino.

Coube a Simão Pedro, dentre os demais discípulos, veicular a resposta do Alto, demonstrando, assim, a sua desenvolvida sensibilidade mediúnica: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” , o que reflete elevada intuição.

E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue
quem to revelou, mas meu Pai, que está nos céus (Mt 16:17).

Simão Barjonas significa filho de Jonas. Assim falando, Jesus personifica o apóstolo em sua condição humana, genealógica, estabelecida nas linhas da reencarnação.

Esclarece, porém, em seguida, que não foi a herança genética (“não foi carne nem sangue”) que lhe concedeu condições para identificar o Messias Divino, mas, sim, a sua percepção espiritual que extrapola a matéria.

Pedro demonstra possuir uma soma de recursos psíquicos úteis ao acolhimento da orientação que veio do Alto.