O conceito que se tem de um gênio é o que ele pode fazer: aquilo que os outros não fazem. Inventar o impossível, praticar os milagres, enchendo-nos de ilusões, levando uma gigantesca platéia ao delírio de um espetáculo que não pode ser único.

Gênio no futebol parece ter sido um só, aquele que aparecia em situações embaraçosas,  trazendo o inesperado, assombrando o mundo com o inimaginável; seu nome, Edson Arantes do Nascimento, ou simplesmente Pelé. Único, milagreiro,  merecedor dos títulos de rei do futebol, o Deus de todos os estádios!

Na Copa da Rússia, antes da bola rolar, não se falava em outra coisa, parecia estar em jogo uma disputa pessoal entre Cristiano Ronaldo, Messi e Neymar. Quem seria o destaque da Copa? Esqueceram-se de Portugal, Argentina e Brasil, deixando de lado as tradições futebolísticas desses países. Dois deles, Brasil e Argentina, com sete títulos mundiais.

Neymar desolado após eliminação do Brasil (Foto: Getty Images/FIFA)

Em Copa do Mundo uma seleção não pode ser dependente de um atleta, por melhor que seja. Não há super homem no futebol, onde onze entram em campo. Cristiano Ronaldo, Messi e Neymar jogaram o que sabem, mas não foram geniais. Foram criteriosamente estudados pelos adversários, que tiveram o mérito de saber marcá-los.

Enquanto as seleções de uma estrela só ficaram pelo caminho, surge uma Inglaterra, sem protagonista mas com a força de um elenco aplicado, vestindo uma camisa que ganhou respeito com a conquista de uma Copa, seguida pela França, também surpreendente, e pelas coadjuvantes Bélgica e Croácia.

A festa será deles. A gente espera mais quatro anos para renovar a esperança do hexa!