A liderança de Iris Rezende, ex-prefeito de Goiânia e ex-governador de Goiás, é citada por todos os políticos goianos que são questionados sobre o tema. O prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (sem partido), seguiu a mesma linha e afirmou que a “política fica mais pobre sem Iris”.

“O Iris tem uma das biografias mais belas como ser político, mas, infelizmente, faz parte da vida, partiu e deixa todo um histórico de ensinamentos para ser seguido. […] Agora é a gente seguir tudo que ele ensinou, a forma simples de fazer política, um homem do diálogo, que conseguia fazer com que todas as forças convergissem para o bem da população. É um homem que a gente tem que seguir seus ensinamentos”, declarou Mendanha.

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Iris Rezende morreu na madrugada desta terça-feira (9), aos 87 anos, no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo. O ex-governador estava internado para recuperação de um Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico (AVCH), ocorrido no dia 6 de agosto. No último sábado (6) Iris foi submetido à intubação para tratamento de uma forte infecção, mas não resistiu.

Seguindo o caminho do pai, Léo Mendanha, falecido em abril deste ano, o prefeito Gustavo construiu a carreira política no MDB, mesmo partido ao qual Iris era membro desde a redemocratização do país. “Meu pai era uma pessoa muito apaixonada no MDB, no Iris, no Maguito. Todos nós temos Iris como espelho que parte e deixa seu legado, os ensinamentos”, reforçou o gestor.

Diante da aliança entre o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, e o MDB no Estado, com o presidente do diretório regional do partido, Daniel Vilela, já antecipado como pré-candidato a vice-governador de Goiás em 2022, o prefeito de Aparecida deixou a sigla, mas garantiu que, mesmo assim, é possível seguir os ensinamentos de Iris. “O partido é importante, mas é a forma dele de fazer política e isso acho que eu sou um dos discípulos mais próximos”, garantiu.

Mendanha ressaltou, porém, que sua saída do MDB no momento é, na verdade, um “até logo” e que não tem nenhum problema com a sigla, só não concorda com a aliança atual.

Assista à entrevista no Sagres Sinal Aberto: