Foto: Maykon Cardoso/Alego
Depois de comemorações internas no PSDB pelo processo de expulsão, os deputados Diego Sorgatto e Tião Caroço passam a ser alvos de disputa entre parlamentares e presidentes de partidos da base do governador Ronaldo Caiado (DEM), todos com objetivo de se fortalecer para as eleições municipais de outubro.
A saída dos dois do partido é resultado de um acordo fechado com o presidente da sigla, Jânio Darrot, e o líder da bancada na Assembleia Legislativa, Talles Barreto. Sebastião Monteiro – o Tião Caroço, explicou que comunicou seu desconforto dentro do PSDB. “Dada a amizade que eu tenho dentro do PSDB, nós chegamos em um acordo para que o partido nos expulsasse. Foi feito sem trauma, sem nada.”
Diego Sorgatto também aponta que a saída era esperada e nega incoerência por ter disputado as eleições na oposição a Ronaldo Caiado e agora formar a base aliada. “Eu tinha conhecimento que a ex-deputada Eliane Pinheiro tinha me representado no concelho de ética do partido e esse processo estava tramitando. Mas é uma situação que eu já esperava, acho que Tião Caroço também, pelo fato de que todo o ano de 2019 a gente ter pautado contrário a orientação do partido”, destaca.
O líder da bancada, Talles Barreto, confirma o acordo para a expulsão e afirma que o objetivo é que Tião Caroço seja candidato a prefeito em Formosa e Diego Sorgatto em Luziânia. Se os dois forem eleitos, o PSDB voltaria a ocupar as vagas na Assembleia Legislativa de forma definitiva com os suplentes.
Diego Sorgatto confirma que a expulsão do PSDB dá mais liberdade para as articulações de sua pré-candidatura em Luziânia. “Eu tendo essa oportunidade de passar por uma nova filiação depois desse procedimento de expulsão, isso de fato nos dá mais liberdade para articular. Até porque eu estava no PSDB, que tem o deputado federal Célio Silveira, que é um grande amigo, uma referência em torno na câmara Federal e que tem um nome muito lembrado para disputar a eleição a prefeito”, destaca.
Já Tião Caroço nega possível candidatura em Formosa. Sobre uma nova filiação, o deputado afirma que ainda analisará a questão com as bases eleitorais, mas rejeita filiação ao DEM. “Sinceramente, eu vou conversar com as bases, mas a probabilidade de eu ir para o DEM é muito pouco provável. Isso porque tem dois deputados da minha região que disputam o mesmo espaço e um é do DEM. Então eu tenho uma certa dificuldade”, explica.
Durante os encaminhamentos de votos pela derrubada de veto a projeto de reestruturação do MPGO, o presidente Lissauer Vieira indicou orientação de bancada considerando filiação de Tião Caroço ao PSB.
*Com reportagem de Rubens Salomão
