No mesmo dia em que reabriu as portas, a Região da 44 recebe a notícia de que terá de fechar novamente pelos próximos 14 dias. O motivo é o decreto da Prefeitura de Goiânia, assinado na tarde de hoje (30) pelo prefeito Iris Rezende, e que segue determinação do governo estadual para a realização da quarentena alternada, como medida de evitar aumento de casos da Covid-19 na capital e no estado.
Nos próximos 14 dias, as lojas deverão permanecer fechadas, e reabrirão pelo mesmo período em seguida. Em nota, a Associação Empresarial da Região da 44 (AER44) criticou a medida.
“É com grande perplexidade e enorme indignação que a Associação Empresarial da Região da 44 (AER44) recebe a notícia de um novo decreto municipal determinando o fechamento do maior empregador do Estado de Goiás. Um polo de confecção e moda que emprega mais de 150 mil goianos e gera oportunidade de renda para milhões de famílias dentro e fora do Estado”, diz a nota.
Com o decreto do governador Ronaldo Caiado, que permitia aos municípios decidirem se seguirão ou não a medida, a sugestão da AER44 é que a região pudesse ficar aberta pelos próximos 14 dias, e fechar em seguida pelo mesmo período, mas o pedido não foi atendido. O próprio presidente da Câmara, Romário Policarpo, disse à Sagres que levou nesta terça (30) a solicitação ao prefeito Iris Rezende, mas sem sucesso.
Ainda na nota, a AER44 afirma que “Apesar da imensa frustração que reverteu o clima de total alegria registrado nesta terça-feira, 30 de junho, nas ruas da Região da 44, a AER44 segue orientada sob o signo da legalidade e do respeito da ordem pública e cumprirá o que determina o novo decreto municipal” e que “No momento, a Associação estuda as medidas políticas e até jurídicas que podem ser tomadas para corrigir esta enorme injustiça para com o maior empregador do Estado de Goiás”.
Confira a nota da AER44 a seguir
“É com grande perplexidade e enorme indignação que a Associação Empresarial da Região da 44 (AER44) recebe a notícia de um novo decreto municipal determinando o fechamento do maior empregador do Estado de Goiás. Um polo de confecção e moda que emprega mais de 150 mil goianos e gera oportunidade de renda para milhões de famílias dentro e fora do Estado”, diz a nota.
Entendemos essa nova decisão como uma total falta de respeito e sensibilidade por parte das autoridades públicas municipal e estadual, que incapazes e descoordenadas em suas ações, só fazem sacrificar micro e pequenos empreendedores, que geram milhões de empregos, renda e pagam seus impostos.
Prefeitura e governo do Estado acompanharam toda a mobilização e emprenho dos empreendimentos e lojistas da 44 em proporcionar as condições necessárias para uma volta segura e responsável das atividades. Empreendedores e lojistas que já acumulam prejuízos gigantescos com mais de 100 dias de portas fechadas, tiveram que contratar empréstimos (junto à bancos ou de forma pessoal), vender bens, convocar colaboradores que estavam com seus contratos de trabalhos suspensos, investiram alto, e na última hora têm seus esforços frustrados sem qualquer explicação plausível.
Mais uma vez recai sobre o setor produtivo, gerador de empregos para as famílias, o peso da ineficácia da administração pública em cumprir seu papel constitucional de garantir a proteção do cidadão e fomentar as condições para que a economia local leve dignidade às pessoas.
Voltamos a frisar, a reabertura de forma responsável e segura do comércio faz parte da solução contra a pandemia da covid-19, e não parte do problema. Vidas precisam ser salva antes, durante e depois da pandemia, e isso ocorre com um serviço de saúde pública estruturado e eficiente e com a economia girando minimamente para que a fome não bata à porta das famílias, o que infelizmente já acontece com milhares de trabalhadores que dependem da Região da 44.
Apesar da imensa frustração que reverteu o clima de total alegria registrado nesta terça-feira, 30 de junho, nas ruas da Região da 44, a AER44 segue orientada sob o signo da legalidade e do respeito da ordem pública e cumprirá o que determina o novo decreto municipal. No momento, a Associação estuda as medidas políticas e até jurídicas que podem ser tomadas para corrigir esta enorme injustiça para com o maior empregador do Estado de Goiás.”